Poesias Sobre a Arte da Dança do Ventre



A DANÇA DO VENTRE EM MINHA VIDA

Os primeiros passos não foram exatamente uma expressão artística

Os movimentos desconexos eram inspirados no abstrato,
numa tentativa incoerente de unir aquilo tudo que aprendia a movimentar isoladamente.

Desde o início, porém, eu sentia uma força maior que me envolvia.
Os ritmos, o colorido dos véus e os movimentos encantavam-me e
me traziam a sensação de uma mistura do sagrado e do profano.

Aos poucos fui despertando para o mundo da dança do ventre e comecei a expressar-me como uma bailarina.
As descobertas foram acontecendo (e ainda acontecem) a cada dia, a cada aula e a cada música explorada, o mesmo movimento se manifestando com nuances diferentes e a inspiração começando a nascer da alma.

Fui descobrindo ao longo do tempo que dançar não é simplesmente retratar movimentos técnicos,
mas sim expressar mistérios profundos de nosso ser.

A verdadeira arte da dança do ventre consiste em redescobrir a cada momento a
história já impressa por inúmeras mulheres no espetáculo da vida.

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Dança das Deusas

Danço para mim mesma
Danço com minha'lma.
Danço para celebrar a vida
Que através de mim se espalha.

Exalto as Deusas
Movo a terra
Espalho vida, dança
Alegria, esperança.
Desperto o encanto
E fascínio a todo canto.
Provoco mistério
Te tiro do sério.

Porque a arte, a magia e o mistério
Escondem-se sob minha saia
Mostram-se na minha dança
Que traduz minha essência
Minha ânsia de vida e beleza.

Porque danço com as Deusas
Danço com as luas
Como as ondas dançam no mar
Como as nuvens que se exibem no ar.
Assim a dança me faz...
Faz exalar-me como as flores
Faz-me bela como os amores...

Carolina Salcides

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Dança Dançarina!

Dança Dançarina!
Dança mulher, dança a Deusa
Dançam as fadas e bruxas
Dançam todas tuas mulheres...
Solta tua cigana, solta tua criança.
E dança, dança!
Porque nasceste para dançar!
Dança a dança da vida, da euforia
A dança do amor e da alegria.

Dança Dançarina!
Não só com tuas saias
Dança com tua alma
E não só com as músicas,
Dança as melodias do dia
Dança ao som da vida.
Celebra teu destino
Pois ele é guiado pelos teus ritmos...

Então dançe dançarina!
Celebre, guie
Crie, comande.
Dance dance
Sua sagrada dança
E sempre encante!

Carolina Salcides

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Teu Ventre

Ventre, alicerce de teu corpo.
Foco total de tua dança.
Trabalhas com o quadril
E move todas energias que te circundam.

Teu ventre é o alto e o baixo.
Morte, vida renascimento.
É o pai e a mãe.
Centro do universo
Teu ventre é movimento.

Ventre sagrado.
Centro de tuas emoções...
Ventre do desafio
De tuas sensações em relação à vida.

Teu ventre é tua força mulher!
Descubra essa força.
Movimente-se
E descubra lugares antes adormecidos...

Pois a dança ativa tuas células
A dança te impulsiona
A conhecer lugares dentro de ti
Os mais sutis lugares...
Descubra-se mulher!

Carolina Salcides

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Ela é Mesmo Assim...

Ela caminha com os pés descalços
Ela dança com os pés descalços
Ela dança para seu próprio deleite
Ela é o passado, o futuro e o presente.

Ela é o todo em movimento
Ela é tudo todo momento
No seu balançar
No seu modo se amar.

Ela encanta ao dançar
Surpreende ao filosofar
Ela é arte por toda parte
Ela é a chuva e o fogo que arde.

Ela é mesmo assim
Um vento, um poder
uma mulher que dança
Uma mulher difícil de esquecer.

Carolina Salcides

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Bailarinas

Bailarinas tem pés apenas como disfarce
Bailarinas usam asas invisíveis
Para saltar de um coração ao outro no instante de um acorde
Bailarinas são anjos, são seres divinos que cantam com o corpo
Engana-se quem pensa que bailarina só está no palco
Bailarinas enquanto dançam percorrem nuvens
São artistas que pintam com a alma
Bailarinas são anjos

Carol Alzei

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Teu Olhar

"Teu olhar é um mistério,
Tua dança um segredo,
Tens a alma de uma sublime Deusa,
Tu danças e sonhas ao sabor do vento,
Tu danças os mistérios da vida!..."
Cathia Cantusio
(Poema parte integrante do livro: Dança do Ventre - A arte de ser mulher)

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Conexão Direta


"Dançar é a conexão direta com o universo e o Criador.
É trazer a divindade para a Terra através desta conexão
e pelos nossos movimentos corporais, expressivos e emocionais.
Sou eu, O universo e o público. Mais nada. O tempo pára".

Sarah Ramoz

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A Arte da Mulher

Ao soar dos batuques já me sinto leve
Que droga mais benévola que é esta
Não tenho o que reclamar
Admito que passei a ser mais feliz depois que começei a me movimentar

Nas batidas laterais solto meu ventre
Com as mãos ao ar, desejo voar
Um momento em silêncio e sozinha
Dançar para mim é uma alegria

Aonde não encontrei amor ou mesmo valor
Passei eu mesma a me dar
Bastão ao meu poder, como o véu a flutuar

Com tantos ritmos diferentes, nao consigo lembrar
Apenas seguindo meu coraçao é que eu consigo dançar
Consigo ser eu mesma e acreditar, a mulher ainda pode dominar

Depois que aprendi essa arte, minha vida mudou
É difícil se encontrar e se expressar
Mas nessa dança da mulher
Eu consegui me libertar

Samantha Bader



2 Mascotes do Brasil: Flamengo e o marinheiro Popeye que virou Urubu

Pegamos carona com o Blog Paixão Nacional, do Esporte Interativo, para contar sobre a origem e os bastidores da mascote do Maior do Mundo, o guerreiro urubu que tomou o lugar do forte Popeye.

O Flamengo possui dois representantes: O marinheiro Popeye e o Urubu. O primeiro nasceu na década de 1940, inspirado nos quadrinhos da época. A pedido do “Jornal dos Sports”, o cartunista argentino Lorenzo Mollas deu vida à primeira mascote rubro-negra. Inspirado pela semelhança na origem da personagem com o clube, já que ambos “nasceram no mar” (O Popeye é um marinheiro e o Clube de Regatas do Flamengo, bom, é evidente) e ostentam a fama de reverter adversidades, o desenhista criou o Popeye rubro-negro, forte e persistente. Entretanto, apesar das explicações, a mascote não caiu nas graças da torcida. Não havia uma identidade entre personagem e equipe.

Mas a história estava para mudar. E essa mudança de cenário aconteceu graças aos rivais do Rubro-negro. Na década de 1960, os flamenguistas sofriam com as provocações das torcidas adversárias. Apesar de ser um clube originalmente criado em um ambiente da elite carioca, a nova agremiação logo se popularizou e passou a sofrer com o preconceito dos rivais. Como uma forma preconceituosa de ridicularizar a torcida popular, de massa, e em sua grande maioria composta por afrodescendentes e pessoas de baixa renda, os rubro-negros passaram a ser chamados de “urubus”. A alcunha incomodava.

Mas o ano de 1969 reservava algo diferente para o Flamengo. Às vésperas de um clássico contra o Botafogo, válido pelo segundo turno do Campeonato Carioca daquele ano, um grupo irreverente Urubu flamengo de quatro torcedores rubro-negros decidiu subverter a origem do apelido que lhes era dado. A partida estava marcada para o dia 1º de junho, um domingo. E perto da data do confronto, Luiz Octávio Vaz, Romilson Meirelles, Victor Ellery e Erick Soledade, fanáticos pelo clube da Gávea, decidiram que iriam levar um urubu para o Maracanã. O grupo de amigos se reuniu e se dirigiu à antiga Favela da Praia do Pinto (Removida no fim da década de 1960, em condições até hoje não esclarecidas, após um misterioso incêndio), que se localizava em frente ao Flamengo. Não encontraram urubus. Se dirigiram para o depósito de lixo do Caju, mas já era noite e os animais não estavam mais no local. Então, na manhã de sábado, 31 de maio, retornaram e escolheram o urubu que teria a honra de ser a nova mascote do clube e o levaram para a casa do professor.

No dia seguinte, os torcedores levaram o animal para o Maracanã. Mas como entrar com um urubu em um estádio? Fácil. Na época, os torcedores podiam entrar à vontade com bandeiras nas dependências da praça esportiva. O grupo de amigos então enrolou a ave em uma bandeira. A intenção era liberá-la quando a equipe rubro-negra subisse ao gramado.

No Maracanã, a atmosfera era a que um grande clássico exigia. Estádio cheio, com público próximo de 150 mil pessoas, e provocações de lado a lado. Nas arquibancadas do lado direito das cabines de transmissão, os torcedores do Botafogo entoavam o grito de urubu. No gramado, nada das equipes. Tim, técnico do Flamengo, não levava sua equipe a campo antes do rival, por superstição. Já o Alvinegro, também não dava o ar da graça. Eis que então um estrondo ecoa no lado rubro-negro das arquibancadas. Era um foguete estourando. Foi o estopim para o início da trajetória do urubu como nova mascote do Flamengo. A ave, ainda enrolada na bandeira, ficou assustado com o barulho e os torcedores resolveram então soltar o animal, com uma pequena flâmula rubro-negra amarrada em suas patas. O urubu alçou voo do lado flamenguista e rumou em direção ao alvinegro. De repente, a ave mudou sua rota e retornou ao rubro-negro e pousou no gramado. Foi o necessário para levar os torcedores ao êxtase, aos gritos de: “É urubu, é urubu”.

Ferj muda regulamento do Carioca

Os campeonatos estaduais tiveram muitas polêmicas em 2015. Um dos principais expoentes foi o Campeonato Carioca e a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). Com a possibilidade de Flamengo e Fluminense disputarem outro torneio (Copa Sul-Minas) e esvaziarem ainda mais o torneio estadual, a entidade aumentou a premiação concedida aos clubes para tornar o campeonato mais atraente. O valor pago ao campeão sobe de R$ 3,5 milhões para R$ 4 milhões, e o do vice cresce de R$ 1 milhão para R$ 1,8 milhão.

O Carioca da próxima temporada também terá premiações, em dinheiro, inéditas. A equipe que possuir o melhor ataque, bem como melhor defesa e fair play, também irão receber R$ 50 mil cada. O time que levar mais torcida ao estádio também arrecadará o mesmo valor (R$ 50 mil).

Outra novidade da Ferj é para as partidas entre os clubes menores. A Federação irá disponibilizar um teto de R$ 15 mil para auxiliar os custos e sanar possíveis prejuízos. Portanto, se uma partida terminar negativada em até R$ 15 mil, a entidade cobrirá o valor. As taxas cobradas pela Ferj nesses duelos também foram abolidas.

Com exceção de Flamengo e Fluminense, rompidos com a Federação, todos os clubes da elite do futebol carioca aprovaram a nova fórmula, que conta com novo formato de disputa. Com 16 times mantidos, o torneio agora é dividido em dois grupos de oito equipes cada. Os quatro melhores de cada um formam um novo octogonal, que definirá os semifinalistas do estadual.

A Taça Guanabara fica com a melhor equipe nas primeiras sete rodadas, ou seja, na primeira fase da competição. A outra metade, que não forem os quatro melhores classificados de cada grupo, disputará um “torneio à parte”. Os dois com melhor pontuação disputarão a Taça Rio contra o 5º e o 6º colocados do grupo dos oito que estavam na disputa final. Os rebaixados serão os dois de pior desempenho deste campeonato alternativo.