A seis dias da Copa, Beira-Rio é reprovado em vistoria e não ganha alvará

Marinho Saldanha
Do UOL, em Porto Alegre
06/06/2014


A seis dias do início da Copa do Mundo, o estádio Beira-Rio foi reprovado pelo Corpo de Bombeiros na vistoria realizada nesta sexta-feira e não conseguiu alvará definitivo de funcionamento. Correções na área de iluminação precisarão ser feitas para uma nova análise até segunda-feira e finalmente a liberação do estádio de forma definitiva. Em caso de nova reprovação, o local não estará apto a receber jogos oficiais.

A vistoria foi feita pelos bombeiros na tarde desta sexta-feira. Segundo apontou o relatório firmado, há problemas nas luzes que indicam as saídas de emergência do estádio. Em contato com a reportagem do UOL Esporte, o vice de administração do Internacional, José Amarante, garantiu que se trata de uma situação simples que será resolvida ainda no final de semana.

"Como estamos com muitas obras por conta das estruturas temporárias, nossas luzes de emergência, que ficam ligadas na tomada, acabaram descarregadas. Foram desligadas e não ligadas novamente. Quando se fez os testes, muitas estava sem energia. Agora, vamos tirar a necessidade de ligar na tomada, e colocá-las direto na ligação interna", disse Amarante.

Segundo o Inter, tudo será feito ainda no final de semana. Na próxima segunda-feira, uma nova avaliação vai acontecer. Caso tudo esteja resolvido, o estádio receberá o alvará definitivo para funcionamento.

"Não será uma varredura, como foi hoje [sexta-feira], mas sim uma vistoria específica neste ponto. É algo simples e bem mais rápido", concluiu Amarante.

Os jogos e eventos já realizados no Beira-Rio até agora foram, todos, liberados por um alvará provisório, que venceu no último dia 12. Para receber os cinco jogos previstos na Copa do Mundo, o estádio precisa desta liberação, que deve sair apenas poucos dias antes do início do Mundial.

O primeiro jogo a ser realizado no Beira-Rio na Copa do Mundo está marcado para dia 15, entre França e Honduras, às 16h. Além deste duelo, serão mais três da fase de grupos e um jogo de oitavas de final na casa do Inter.

Assembleia dos vigilantes decidiu pela continuação da greve

Por NINJA:

Em assembléia realizada na tarde desta sexta-feira (06/06), na Candelária, os vigilantes decidiram manter a greve iniciada no dia 24 de abril por melhores condições de salário e trabalho.

De acordo com o vice-presidente do SindVigRio, Antônio Carlos Oliveira. “Até o momento o sindicato das empresas não apresentou uma contraproposta que fosse além dos 8% oferecidos e R$13,00 no tíquete refeição”.


Os vigilantes querem 10% de reajuste e R$ 20 no tíquete refeição, plano de saúde pago pelas empresas e diária para os vigilantes que vão trabalhar nos grandes eventos, como a Copa do Mundo, de R$180,00.

IMPASSE NA CONTRATAÇÃO DOS STEWARDS.

Durante a reunião desta quinta-feira (05/06), na Superintendência Regional do Trabalho, não houve acordo entre o Sindicato dos Vigilantes, a empresa Sunset e o sindicato patronal, para definir um contrato específico de trabalho com a FIFA empregando 1.200 vigilantes – os stewards – que atuariam no Maracanã durante os jogos da Copa do Mundo. Esse contingente também faria a segurança dos hotéis, onde as delegações dos países estão hospedadas.

Segundo, Antônio Carlos de Oliveira, a (Sunset Vigilância e Segurança) que venceu a licitação para oferecer vigilância na Copa, não teve avanço em sua proposta. O Sindicato pede o pagamento da hora trabalhada de R$15,00 mas a empresa ofereceu apenas R$0,50 centavos a mais: subiu de R$12,00 para R$ 12,50 a hora / trabalho.

- O Ministério Público do Trabalho recomendou às empresas de segurança que durante a greve dos vigilantes não poderia haver dispensas e nem dias descontados em respeito à lei de greve. O dissídio coletivo da categoria, que tem data base em março, será julgado pelo Tribunal Regional do Trabalho em data ainda a ser definida.

Via: Mídia Informal




CARTA ABERTA AO PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

EXIGIMOS O CANAL DA CIDADANIA




A sociedade civil vem através desta, exigir transparência na condução do Canal da Cidadania, assim como o cumprimento das medidas e prazos previstos, considerando que a Cidade do Rio de Janeiro protocolou pedido junto ao Ministério das Comunicações e tem até o dia 18 de junho para o envio da documentação.
O Canal da Cidadania, previsto no Decreto nº 5820/2006 e na Portaria 489/2012, garante aos cidadãos cariocas acesso à TV Aberta Digital, livre e gratuita, com programação 24 horas no ar. Quem pode programar? A Prefeitura, o Estado e, pela primeira vez, associações comunitárias poderão programar e exibir conteúdos.
As associações comunitárias serão selecionadas pelo Ministério das Comunicações.

Deve-se esclarecer que já foram dirigidos ao Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro todos os pedidos formais que manifestam o interesse da sociedade civil no processo de exploração do Canal.
DOS FATOS

Em junho de 2013 foi encaminhado à Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro um Requerimento de Informações (512/2013) formalizado pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro, em que se pergunta sobre o interesse da Prefeitura em aderir ao Plano Básico de TV Digital, respondido somente em janeiro de 2014. Neste Requerimento, a Empresa Pública MULTIRIO informa que o Prefeito teria colocado a cargo da Empresa as seguintes tarefas: encaminhar requerimento ao Ministério das Comunicações; elaborar projeto técnico do sistema irradiante, conforme norma técnica específica para a TV Digital; providenciar processo licitatório para aquisição dos equipamentos de transmissão e produção; definir local e procedimentos necessários para implantação do sistema de transmissão;

Em outubro de 2013, entidades da sociedade civil se reuniram em Audiência Pública na Câmara Municipal do Rio de Janeiro para debater o Canal da Cidadania. Na ocasião, a Prefeitura se fez representar, através da Secretaria Municipal de Cultura, manifestando-se favorável ao Canal.

Em dezembro de 2013 a Câmara Municipal do Rio de Janeiro encaminhou outro Requerimento de Informações (768/2013), até a presente data sem resposta.

Em dezembro de 2013, a Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou Orçamento que autoriza a Prefeitura a gastar com implantação do Canal da Cidadania.

Em março de 2014 a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação e Cultura e uma Comissão de Representantes da Sociedade Civil estiveram na MULTIRIO. Nesta ocasião, foi apontada a possibilidade de uma parceria com a Empresa Brasil de Comunicação - EBC para fins de orientação técnica.

Em abril de 2014 a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação e Cultura e uma Comissão de Representantes da Sociedade Civil estiveram com o Vice-Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro, que reconheceu a importância do Canal para o desenvolvimento da Cidade.

QUAL A IMPORTÂNCIA DO CANAL PARA O MUNICÍPIO?

O Canal da Cidadania materializa a democratização da comunicação, permitindo ao cidadão participar ativamente da gestão da cidade.

O cidadão carioca poderá de dentro das suas casas, na sua televisão, acessar serviços públicos de governo eletrônico no âmbito federal, estadual e municipal, serviços que hoje somente são acessados pela Internet.

A Prefeitura, através da MULTIRIO, passa a ter um canal de comunicação direto com o cidadão carioca, para divulgar suas ações e serviços de todas as suas Secretarias, pela televisão.
O Canal da Cidadania cria novos empregos diretos e indiretos, na geração de conteúdos.

O Rio de Janeiro já tem um canal de televisão, fechado, de acesso restrito e pago. Trata-se da MULTIRIO, que já possui um parque tecnológico pronto. Nessa circunstância é injustificável não fazer a conversão para a TV Digital, um legado histórico para a Cidade do Rio de Janeiro.

O QUE QUEREMOS?

Publicação imediata no Diário Oficial do Município de crédito suplementar para implantação e manutenção do Canal da Cidadania, considerando que a Prefeitura já solicitou ao Ministério das Comunicações autorização para exploração do Canal (Processo 53000.060208/2013-77);

Esclarecimento de quem é o interlocutor, na Prefeitura, para o assunto Canal da Cidadania e pedimos reunião do interlocutor com a sociedade civil;

Apresentação, por parte da Prefeitura, do cronograma de execução do Canal da Cidadania;

Implantação do Conselho Municipal de Comunicação Social, considerando a Indicação Legislativa da Câmara Municipal do Rio de Janeiro, número 2992/2014




Veja casos de violência a mulheres que repercutiram no mundo



Foto: Time / Divulgação

Bibi Aisha: a jovem afegã Bibi Aisha tornou-se mundialmente conhecida após seu rosto ter sido desfigurado aos 18 anos pelo marido, na província de Uruzgan, Afeganistão. O homem era simpatizante do Talibã e cortou a orelha e o nariz dela por ter reclamado aos seus pais sobre maus tratos dos sogros. Ela havia protestado contra o costume de seu país, adotado por sua família, que a deu como presente ao noivo quando tinha apenas 12 anos. Em agosto de 2010, Bibi Aisha foi capa da Time. Ela passou por uma cirurgia de reconstrução do nariz após o incidente.


Banaz Mahmod: a morte da jovem Banaz Mahmod, pelo chamado crime de honra, causou comoção mundial após a produção do filme-documentário "Banaz: A Love Story", de 2012, dirigido por Deeyah Khan. A jovem curda, de 20 anos, foi estrangulada em janeiro de 2006 no sul de Londres pelo pai e tio, nascidos no Iraque. O corpo dela foi encontrado enterrado dentro de uma mala no jardim da casa da família. Antes da morte, ela procurou a polícia dizendo estar sendo perseguida. "Estão me seguindo. Se alguma coisa me acontecer, são eles", disse aos oficiais. Banaz foi morta por ter se apaixonado por um homem, que não era aquele para quem estava prometida

Foto: Wikipédia

Cartaz do filme-documentário "Banaz: A Love Story", de 2012, dirigido por Deeyah Khan. O filme conta a história da jovem de 20 anos que foi assassinada pela família por, supostamente, ter se apaixonado por um homem


Waris Dirie: assim como 99% das meninas da Somália, a somaliana Waris Dirie teve a genitália mutilada quando tinha apenas 5 anos. Ela conta que aquele foi o pior dia de sua vida e que quase morreu por causa do sangramento após o corte. Dirie fugiu da Somália quando tinha 13 anos, pois teria de se casar com um homem bem mais velho, em troca de 5 camelos. Ela fugiu para Londres onde, aos 18 anos, iniciou carreira de modelo. Depois de contar sua história publicamente, a ex-top model foi convidada a ser Embaixadora da ONU contra a prática de mutilação. Em 2002, ela abriu uma fundação que luta contra a mutilação genital feminina em vários países do mundo - a Desert Flower Foundation (Fundação Flor do Deserto)
Foto: Arquivo Fundação Flor do Deserto / Divulgação


Filme "Desert Flower" conta a história de Dirie, uma mulher somaliana que foge de seu país para Londres, por causa de um casamento forçado aos 13 anos; ela se tornou top model e causou uma "revolução" ao levantar o tema da mutilação genital pelo mundo
Foto: Arquivo Fundação Flor do Deserto / Divulgação


Malala Yousafzai: a estudante paquistanesa ficou internacionalmente conhecida por seu ativismo pelos direitos à educação e das mulheres, iniciado ainda quando criança.
Em 2009, com quase 12 anos, Malala escreveu para a BBC, com um pseudônimo, detalhando sua vida dentro do regime do Talibã. Malala foi baleada na cabeça e pescoço em 9 de outubro de 2012, durante uma tentativa de assassinato, por talibãs armados, quando voltava para casa em um ônibus escolar. Ela passou inconsciente por quase dois meses, em estado crítico, porém, com a melhora do quadro, foi enviada para o Queen Elizabeth Hospital, em Birmingham, Inglaterra, para a reabilitação intensiva. Hoje, Malala vive no Reino Unido, após o Talibã reiterar desejo de matar ela e seu pai
Foto: AP


Hatun Surucu: era uma mulher curda que vivia na Alemanha, cuja família era originalmente de Erzurum, na Turquia. Surucu foi assassinada em Berlim em 2005, com 23 anos, por seu irmão mais novo, em um crime de honra, pois havia se divorciado do primo, a quem foi forçada a se casar aos 16 anos

Seu assassinato inflamou um debate público sobre o casamento forçado de famílias muçulmanas.
Em outubro de 1999, Surucu fugiu da casa de seus pais em Berlim, encontrando refúgio em uma casa de cuidados a mães menores de idade.
A curda frequentou a escola e se mudou para seu próprio apartamento no bairro de Tempelhof, em Berlim. Na época de seu assassinato, ela estava no final de um curso para se tornar um eletricista e namorava um alemão
Foto: Die Welt / Reprodução


Songol Surucu, irmão de Alpaslan e Mutlu Surucu, faz o sinal de vitória para os fotógrafos enquanto espera por seus dois irmãos fora de um tribunal em Berlim depois terem sido absolvidos da acusação da morte de sua irmã, Hatun Surucu, em 13 de abril de 2006. Um terceiro irmão, Ayhan Surucu, que era menor de idade na época do crime, confessou e foi condenado a 9 anos de prisão
Foto: Getty Images


Farzana Iqbal: a paquistanesa de 25 anos foi apedrejada até a morte por sua família do lado de fora de um dos principais tribunais do Paquistão no dia 27 de maio de 2014. Sua sentença de morte por honra aconteceu por ter se casado com o homem que amava.Ela estava esperando a abertura da Alta Corte na cidade de Lahore, leste do país, quando um grupo de dezenas de homens a atacou com tijolos. O pai dela, dois irmãos e um ex-noivo (que é seu primo) estavam entre os agressores. Todos os suspeitos, exceto o pai, escaparam.Farzana sofreu severos danos na cabeça e morreu no hospital. Seu marido disse que a polícia assistiu à cena e não fez nada para impedir os agressores. Ela estava grávida.
Foto: Reuters


Amina Bibi: a paquistanesa de 17 anos morreu no dia 14 de março de 2014 após atear fogo no próprio corpo depois de a polícia ter soltado 3 dos 5 homens que teriam a estuprado no mês anterior. A adolescente teria recorrido a ativistas de seu país para tentar recorrer à decisão do tribunal de Muzaffargarh, leste do país. Sem conseguir agir, ela colocou se imolou em frente a uma delegacia de polícia como forma de protesto.
Foto: Reuters


Meriam Yahia Ibrahim Ishag: a sudanesa de 27 anos foi condenada à forca em seu país por apostasia e adultério no dia 15 de maio de 2014. O tribunal deteve a mulher, que estava grávida e deu à luz na prisão, por ser cristã e não aceitar se converter ao islamismo. Ela terá a sentença cumprida dentro de dois anos. Meriam é casada com um homem cristão.A condenação à morte da jovem por um tribunal de Cartum provocou uma onda de indignação e protestos. Segundo militantes de direitos humanos, a jovem, presa há 4 meses, permanecerá detida no presídio para mulheres de Ondurman, maior cidade do Sudão.
Foto: Daily Mail / Reprodução