6 coisas que celulares antigos tinham e que deixaram saudade

 Lista reúne recursos que marcaram os modelos mais velhos de celulares; relembre


Smartphones ampliaram o leque de funcionalidades de celulares, mas acabaram deixando de lado recursos muito característicos dos modelos antigos. Facilidades como acesso a rádios FM sem necessidade de Internet, baterias removíveis e até mesmo mais privacidade de uso são exemplos de coisas que, em geral, foram perdidas nos telefones móveis da atualidade.

Muitas dessas características marcaram presença na vida nos usuários e deixam saudade até hoje. Para relembrar, veja a seguir uma lista com seis coisas que celulares antigos tinham e que fazem falta.

Aparelhos antigos contavam com recursos reduzidos e com foco na comunicação — Foto: Divulgação

1. Segurança e privacidade de dados


A privacidade de dados é um aspecto que está sempre em pauta em assuntos relacionados à Internet. Com smartphones, isso não é diferente. Em celulares inteligentes, por causa de aplicativos e recursos, uma vasta quantidade de informações dos usuários é captada diariamente. Os sistemas operacionais têm trabalhado para otimizar a segurança dos dispositivos, mas ainda assim algumas brechas e ajustes de apps podem impactar a sua privacidade. Em celulares antigos, porém, esse não era um problema passível de tanta preocupação - principalmente por causa do acesso reduzido à web.

Além da conexão limitada, que possibilitava apenas ligações e SMS, os telefones móveis antigos também não contavam com recursos avançados de localização, como GPS. Também não existia ainda o ID de publicidade, função voltada à propaganda direcionada e que também pode captar inúmeras informações de seus usuários. Hoje, por causa de sua ampla quantidade de recursos, smartphones acabam sendo mais invasivos do os que celulares "das antigas".

É importante lembrar que, atualmente, a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), em vigor desde 2020, obriga empresas de aplicativos a manter a segurança das informações de seus consumidores. No entanto, a exposição aos apps pode preocupar por fatores externos, como eventuais ciberataques - que podem acontecer na forma de roubo de dados, malwares ou ainda spywares (apps de espionagem instalados em celulares sem consentimento de seus usuários). Celulares antigos, porque tinham pouco ou nenhum acesso à Internet, não sofriam desse tipo de vulnerabilidade.


Ceulares atuais contam com brechas que permitem invasão e espionagem — Foto: Divulgação/Pixabay

2. Bateria duradoura e facilmente removível


Manter o celular funcionando por dias sem necessidade de recarregar era uma realidade possível antes. Hoje, por outro lado, boa parte dos smartphones precisa ser recarregado diariamente. Isso acontece porque as baterias não acompanharam de igual para igual a evolução dos telefones móveis - que, atualmente, contam cada vez mais recursos e características demandantes de uma quantidade crescente de energia.

Além das potências e funcionalidades dos smartphones, outro fator que pode explicar a autonomia insatisfatória é a diminuição do tamanho das baterias. Isso é feito para que elas caibam em estruturas reduzidas e mais finas. Enquanto esse fator só pode ser solucionado por fabricantes, você pode aumentar o tempo de uso do seu celular utilizando alguns recursos disponíveis nos próprios sistemas operacionais.

Mais do que apenas durar mais tempo, a própria remoção da bateria também era um processo descomplicado há alguns anos. Desse modo, ao primeiro sinal de "estufamento" ou qualquer outro problema, era possível retirar o componente e substituí-lo com facilidade. Com o passar do tempo, essas peças aderiram a uma tendência diferente, que mantém a integração ao celular e não permite remoção sem ajuda técnica.

Vale lembrar, porém, que, embora seja um pouco incômodo, esse formato trouxe mais segurança aos usuários. Além disso, também permitiu alguns benefícios - como, por exemplo, os modelos à prova d'água.


Baterias presentes em modelos antigos ofereciam mais autonomia — Foto: Foto: Divugação/Samsung

3. Rádio nativo sem necessidade de acesso à Internet


Em smartphones, o simples ato de ouvir músicas ou programas demanda a instalação de aplicativos específicos - e, em boa parte dos casos, de um plano de assinatura também. Seja uma biblioteca de arquivos (inclusive de áudio) ou um agregador de podcast, é preciso instalar apps para praticamente qualquer coisa que se queira consumir - inclusive no simples caso de querer ouvir uma rádio.

Essa realidade se mostra totalmente diferente quando comparada a alguns anos atrás, quando a maioria dos celulares trazia pré-instalados transmissores de rádios AM/FM. O acesso costumava ser fácil, e o máximo que poderia demandar para ligar era um fone de ouvido, sem necessidade de conexão à Internet. Ainda é possível ouvir estações de rádio em smartphones, mas em geral é preciso baixar apps ou usar o navegador para isso.


Rádio FM era um dos recursos presente nos aparelhos antigos — Foto: Foto: Divulgação/Kickstarter

4. Praticidade de uso


Atualmente, um único celular pode permitir a realização de várias tarefas, desde tirar fotos até pagar uma conta do banco. No entanto, apesar de entregarem muitas facilidades, os smartphones podem dificultar o uso em termos de praticidade. Isso porque, para quem não está familiarizado com essas tecnologias, o primeiro contato pode ser bastante trabalhoso. Até mesmo as atualizações de sistema ou a migração para modelos diferentes demandam um tempo de adaptação, especialmente entre usuários de idades mais avançadas.

Embora não tivessem muitas funções além de seu escopo, os celulares antigos contavam com a vantagem da objetividade de recursos - e, consequentemente, com a facilidade de navegação. As atividades oferecidas por eles se reservavam majoritariamente às ligações e trocas de mensagens SMS. Porém, mesmo outros recursos adicionais, como agenda e jogos pré-instalados, tinham acesso mais simples - o que facilitava muito a experiência de usabilidade.


Celulares atuais trazem muitos recursos e interfaces elaboradas, o que pode dificultar a praticidade de uso — Foto: Divulgação/Samsung


5. Maior resistência a quedas


A resistência dos telefones antigos é algo emblemático, principalmente no que diz respeito aos modelos clássicos, como os da Nokia. O upgrade para os celulares mais modernos trouxe uma reformulação em termos de design e composição, o que acabou impactando diretamente na resistência. Isso porque o que era feito totalmente em plástico antes, hoje conta com partes em vidro - como é o caso do iPhone, por exemplo. Dessa forma, os smartphones podem passar a impressão de fragilidade, demandando o uso de películas e capinhas para uma durabilidade maior.

A boa notícia é que existem empresas que trabalham para mudar essas eventuais vulnerabilidades de design, testando e aprimorando os vidros que são usados no revestimento dos telefones. Hoje, alguns modelos oferecem maior proteção contra arranhões e quedas - embora, vale lembrar, ainda exista bastante espaço para evoluir nesse sentido.

Voltar para o plástico nos displays não parece uma opção viável, principalmente porque, além de ser pouco ecológico, o material não combina com as telas sensíveis de hoje. No entanto, cabe uma evolução para os vidros de atualmente, que ainda podem entregar resultados melhores no que diz respeito à resistência.


Celulares como o Nokia 6610 eram conhecidos pela durabilidade e resistência — Foto: Foto: Divulgação/Nokia

6. Designs inusitados


Hoje, a maioria dos celulares segue o mesmo modelo de tela inteira com câmeras frontal e traseira. Ao longo das duas décadas anteriores, porém, o cenário não era exatamente esse. De celulares em formato de gota a outros com design exclusivo para jogos, nos anos 2000 era comum encontrar telefones móveis bastante inusitados.

Esses formatos diferenciados eram possíveis principalmente por causa do teclado físico dos celulares, que possibilitava escolhas alternativas de design. Na atualidade, não há muito como fugir do modelo usual retangular e em tela inteira - embora alguns fabricantes tentem ousar com smartphones redondos, por exemplo.

Embora nem sempre esses formatos inusitados fossem bons à usabilidade do celular, era interessante poder contar com variedade maior no mercado. Além disso, como alguns modelos tinham objetivos específicos, eles ofereciam uma experiência de uso diferenciada e voltada a um público único - como é o caso do Nokia N-Gage, por exemplo, feito para jogos. Desse modo, essa característica pode deixar saudade em alguns usuários.


N-Gage foi um celular feito para jogos mas que acabou falhando em seu lançamento (Foto: Reprodução/Classic Portable) — Foto: TechTudo


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