Cantora tem trajetória marcada por moda e se apresenta no dia 4 de maio na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
A cantora Madonna em looks icônicos — Foto: AP/AP/Reprodução
No sábado (4), Madonna se apresentará na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para um público de 1,5 milhão de pessoas (conforme estimativa da Prefeitura).
O g1 relembra abaixo alguns dos looks mais icônicos da carreira da cantora, que faz da moda um dos elementos centrais de sua carreira.
Seio de cone
Madonna em show de 'Blond Ambition', em 1990 — Foto: Sean Kardon/AP
Talvez o figurino mais famoso da artista, o espartilho com sutiã em formato de cone surgiu em 1990.
Desenhada pelo estilista francês Jean Paul Gautltier, a peça foi usada durante a turnê "Blond Ambition".
"[Minha avó] me explicou que o espartilho foi criado para te ajudar a ficar de pé", afirmou Gaultier, em entrevista ao jornal The New York Times, em 2001. "O sutiã cônico [de Madonna] foi apenas uma extensão dessa ideia."
Cheearleader
Madonna em show, em 2012 — Foto: Jeff Daly/Invision/AP
Com um look assinado por Arianne Phillips, a americana se apresentou de cheerleader durante sua turnê "MDNA", que, aliás, passou pelo Brasil.
O look incluiu desde pompons até uniforme estilizado.
Prince furta-cor
Madonna em homenagem a Prince, em 2016 — Foto: Chris Pizzello/Invision/AP
No Prêmio Billboard de 2016, a rainha do pop homenageou Prince, se vestindo com um traje imerso na estética do músico, morto naquele ano.
Projetado pelo designer B.Akerlund, o look trouxe mangas de renda bufantes, cristais no peitoral e um conjunto de alfaiataria lilás cintilante furta-cor.
Quimono
Madonna faz show durante premiação do Grammy, em 1999 — Foto: Kevork Djansezian/AP
No videoclipe "Nothing Really Matters", de 1998, Madonna vestiu um quimono vermelho criado por Jean Paul Gaultier.
A peça foi inspirada em elementos estéticos da cultura japonesa e descrições visuais do livro "Memórias de uma Gueixa" (1997).
Na contramão
Madonna na estreia de "Madonna: The MDNA Tour", em 2013 — Foto: Evan Agostini/Invision/AP
Desde o início da carreira, a artista subverte estereótipos de gênero a partir do guarda-roupa.
Um exemplo disso foi na estreia do documentário "Madonna: The MDNA Tour", quando ela usou um conjunto de alfaiataria de corte socialmente atrelado ao masculino. As peças eram da marca Dolce & Gabbana.
Opulência
Madonna em performance do 'Super Bowl, em 2012 — Foto: Mark Humphrey/AP
No Super Bowl de 2012, Madonna se apresentou com um look digno de rainha do pop.
Usando um visual desenhado pelo designer italiano Riccardo Tisci, ela apareceu com uma capa dourada bordada à mão, uma coroa de cristais e um minivestido preto com adornos também dourados.
Naked dress
Madonna no Met Gala 2016 — Foto: Evan Agostini/Invision/AP
Também feito por Riccardo Tisci, o look de Madonna no Met Gala foi uma peça naked dress. Ou seja, repleto de transparência e de destaque à pele.
A cantora usou um vestido preto rendado, com tule na altura dos seios e da bunda. Suas coxas também ficaram à mostra.
"O fato de as pessoas realmente acreditarem que uma mulher não tem permissão para expressar sua sexualidade e ser aventureira depois de uma certa idade é prova de que ainda vivemos em uma sociedade sexista e preconceituosa", escreveu ela numa publicação em seu Instagram, dias depois do evento.
Risca de giz
A cantora Madonna em show em Nova York, em 1990 — Foto: Ed Bailey/AP
Antes de revelar seu famoso espartilho de cones durante as apresentações da turnê "Blond Ambition", Madonna vestia no palco um conjunto de terno e calça social risca de giz, com alguns recortes.
Assim como o espartilho que ela vestia abaixo, o look é uma criação de Jean Paul Gautltier.
Rosa choque
Madonna em 'Material Girl' — Foto: Reprodução/YouTube
Gravado em 1984, o videoclipe de "Material Girls" mostra Madonna usando um vestido rosa choque do jeitinho Barbiecore.
A peça é uma réplica do look da atriz Marilyn Monroe em uma das cenas mais famosas de "Os Homens Preferem as Loiras" (1953).
Em 2022, o vestido de Madonna foi a leilão, sendo vendido por 287,5 mil dólares.
Outra vez Monroe
Madonna performa “Sooner or Later (I Always Get My Man)”, em 1991 — Foto: Reed Saxon/AP
No Oscar de 1991, Madonna voltou a homenagear a atriz Marilyn Monroe, durante sua performance de "Sooner or Later". O vestido é uma criação de Bob Mackie.
Futurista
Madonna durante a abertura da The Celebration Tour na The O2 Arena, em Londres, em 14 de outubro de 2023 — Foto: Kevin Mazur/WireImage for Live Nation via Reuters
Na turnê que passa pelo Brasil no dia 4 de maio, Madonna veste um macacão prateado que remete a estilhaços de vidro.
Projetado como uma armadura futurista, o look é da designer italiana Donatella Versace. A roupa faz vermos a rainha do pop ostentar seu brilho do passado, presente e futuro.
Prisão de
Rogério 157 foi a mais recente envolvendo liderança do crime organizado
Rogério 157, um um dos traficantes mais procurados do Rio de Janeiro, foi preso na comunidade do Arará, na Zona Norte do Rio - Fabiano Rocha / Agência O Globo
RIO - A prisão nesta quarta-feira de Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157 , que
ocupava o posto de chefe do tráfico na Rocinha, na Zona Sul do Rio, e foi pivô
de uma guerra que colocou a comunidade no fogo cruzado entre facções rivais -
uma delas ligada ao antigo líder do crime organizado na comunidade, o Nem da
Rocinha -, é o mais recente episódio em que a polícia consegue localizar e
colocar atrás das grades um nome de grande expressão do tráfico de drogas do
Rio. No entanto, muitos outros chefões já ocuparam o posto e, de certa fora, o
“status” de criminoso mais procurado do Rio. Conheça a história e o o destino
de alguns deles:
Fernandinho Beira-Mar
Marcinho VP
Celsinho da Vila Vintém
Elias Maluco
Nem da Rocinha
Rogério 157 ouça o texto:
Fernandinho
Beira-Mar
Fernandinho Beira-Mar é um dos 81 presos nascidos no Rio que estão em
penitenciárias da União - Fernando Quevedo / Agência O Globo 13/05/2015
Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como
Fernandinho Beira-Mar, é considerado um dos maiores traficantes de armas e
drogas da América Latina. Apontado como um dos maiores chefes da história da
facção Comando Vermelho e natural da favela Beira-Mar, no município de Duque de
Caxias, na Baixada, ele começou a vender drogas antes dos 20 anos de idade, e
hoje é um dos principais criminosos do estado.
A ascensão de Beira-Mar ocorreu entre o início
e meados dos anos 1990, quando abriu canais próprios de distribuição de drogas
e conquistou morros como Borel, Rocinha, Chapéu Mangueira e Vidigal. Preso em
1996, não ficou nem um ano no presídio de Belo Horizonte. Agentes
penitenciários foram acusados de ter facilitado a fuga dele.
Beira-Mar montou um gigantesco esquema de
lavagem de dinheiro no maior banco federal estatal do país e teria morado no
Paraguai, Uruguai, Bolívia e Colômbia, onde se aliou às Forças Armadas
Revolucionárias da Colômbia (Farc). Foi recapturado pelo exército colombiano,
em atuação conjunta com agentes norte-americanos e repatriado para o Brasil em
abril de 2001. Na época, era apontado como responsável por 70% das remessas da
cocaína distribuída no país.
Em 2002, preso em Bangu I, ele organizou
rebelião com a finalidade de matar Ernaldo Pinto Medeiros, o Uê, e outras
lideranças de uma facção criminosa rival. Passou pelos presídios de Catanduvas
(PR), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO), e atualmente está na unidade
prisional de Mossoró (RN). Em outubro, o ministro do STF Alexandre de Moraes negou a volta de
Fernandinho Beira-Mar e de outros chefes do tráfico para presídios do Rio .
Fernandinho Beira-Mar ouça o texto:
Marcinho VP
O traficante Marcinho VP é um dos presos federais que podem voltar ao
Rio - Agência O Globo
Nascido em Vigário Geral e criado em São João
de Meriti, na Baixada Fluminense, Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP,
é outro chefe histórico do Comando Vermelho e apontado como chefe do tráfico no
Complexo do Alemão, mesmo estando atrás das grades desde 1996. Condenado a 44
anos de prisão - 10 por tráfico e outros 34 por mandar matar duas pessoas,
crimes que ele nega, o traficante foi transferido para o sistema prisional
federal em 2007, onde permanece desde então. É apontado pela polícia como um dos
mandantes da pela morte de Márcio Amaro de Oliveira, chefe do tráfico no Morro
Dona Marta, em Botafogo, na Zona Sul, e que também adotava o apelido de
Marcinho VP. Márcio Amaro foi morto por estrangulamento no presídio de Bangu
III, em 2008. A suspeita é que Márcio Nepomuceno não estaria gostando das
entrevistas que o antigo comparsa dava relatando detalhes do funcionamento do
tráfico no Rio
Nste ano, Marcinho VP revelou em livro que
ajudou o ex-governador Sérgio Cabral na campanha de 1996 - quando o então
deputado presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) disputou o cargo
de prefeito e perdeu. No texto, um manuscrito a que o EXTRA teve acesso com exclusividade ,
o traficante conta que a equipe de Cabral pediu o apoio dele no Complexo do
Alemão e que o ex-governador esteve com ele durante uma hora num camarote na
favela durante um show do Molejo. A defesa do governador nega o encontro.
O traficante, no entanto, considera que sua
transferência para o sistema penal federal, em 2007, foi uma decisão de Cabral.
Ele está há 10 anos nos presídios de segurança máxima. Marcinho chama o
ex-governador de “ladrão” e “traidor”. Atualmente, como Fernandinho Beira-Mar,
Marcinho VP está na penitenciária federal de Mossoró (RN).
Marcinho VP ouça o texto:
Celsinho da
Vila Vintém
O traficante Celsinho da Vila Vintém, durante depoimento em julgamento
de Fernandinho Beira-Mar - Thiago Freitas / Agência O Globo
Veterano do mundo do crime e um dos fundadores
da facção Amigos dos Amigos (ADA), Celso Luiz Rodrigues, o Celsinho da Vila
Vintém é apontado como uma dos maiores chefes do tráfico na Zona Oeste do Rio.
Começou sua vida de delitos promovendo assaltos a caminhões de carga na Avenida
Brasil. Em meados dos anos 1990, Celsinho assumiu o controle do tráfico na
favela da Vila Vintém, em Padre Miguel, e se tornou um dos nomes mais
importantes do Comando Vermelho, quando ainda era conhecido como Celsinho
Russo.
Anos mais tarde, criou a facção Amigos dos
Amigos. Em 2002, ele implorou por sua própria vida numa rebelião dentro de
Bangu 1, quando outro líder de facção, Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, foi
assassinado. Na ocasião, prometeu que trocaria de facção para não ser morto
pelo bando de Fernandinho, Beira-Mar.
Condenado a mais de 30 anos de prisão por
crimes como tráfico de drogas, homicídio, corrupção, sequestro, cárcere privado
e ocultação de cadáver, Celsinho está encarcerado há mais de 15 anos. Desde
2014, o traficante cumpria pena em presídios federais, mais recentemente na
Penitenciária de Porto Velho, em Rondônia, mesmo local onde está Antônio
Francisco Bonfim Lopes, o Nem da Rocinha.
Atualmente, ele cumpre pena no Complexo de
Gericinó, após conseguir na Justiça, em maio deste ano, a transferência do presídio federal de
Rondônia para o Rio . De acordo com a investigação da 11ª DP
(Rocinha), Celsinho é, ao lado de Nem, um dos mandantes da invasão à Rocinhaem setembro
deste ano, com o objetivo de retirar de Rogério 157 o controle do tráfico na
região.
Celsinho da Vila Vintém ouça o texto:
Elias
Maluco
Julgamento de Elias Maluco pelo assassinato do jornalista Tim Lopes, no
fórum do Rio - Sérgio Borges
Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, é mais
uma dos chefes emblemáticos do Comando Vermelho e já controlou o tráfico de
drogas em mais de 30 favelas nos complexos do Alemão e da Penha. Mas, ele ficou
conhecido, principalmente após o assassinato do jornalista Tim Lopes, da TV
Globo, em 2002. Sua ascensão no mundo do crime, porém, é muito anterior e foi
rápida. Em 1995, o criminoso era gerente do tráfico em Vigário Geral, na Zona
Norte do Rio. Com a morte de Flavio Negão, Elias Maluco assumiu o controle do
comércio de entorpecentes na região e logo se tornou o homem de confiança de
Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP do Complexo do Alemão.
Com a prisão de Marcinho VP, em 1996, ele
passou a gerenciar a venda de drogas no conjunto de favelas, além de assumir
quadrilhas em outras favelas, como as do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio, e
nos morros do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo, na Zona Sul. Neste período,
passou a participar também do tráfico de armas. Já esteve preso sob acusação de
sequestro, mas foi solto porque, depois de quatro anos, não havia sentença no
processo. Ele foi preso em 1996 pela Divisão Antissequestro (DAS). Em julho de
2000, conseguiu o habeas corpus que garantiu sua liberdade.
Em junho de 2002, Elias Maluco comandou o
sequestro, tortura e morte do jornalista Tim Lopes, que fazia, com uma câmera
escondida uma reportagem sobre um baile funk realizado na comunidade, onde
haveria venda de drogas e exploração sexual de adolescentes. Após uma
força-tarefa das polícias Militar e Civil, com um cerco ao Complexo do Alemão,
que durou cerca de 50 horas, o criminoso foi capturado. Em maio de 2005, ele
foi condenado a 28 anos de prisão pelo crime, no dia 22 de Setembro de 2020 ele foi encontrado
morto em sua cela no presídio federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul.
Elias Maluco ouça o texto:
Nem da
Rocinha
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, ao ser preso, em Novembro do ano
passado - Reuters
Ligado à facção Amigos dos Amigos (ADA),
Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, voltou aos holofotes devido à acusação
de ordenar, de dentro da prisão, a invasão à Favela da Rocinha em Setembro deste ano,
com o objetivo de retomar o controle do tráfico após a “traição” de Rogério
Avelino dos Santos, o Rogério 157. Antigo segurança pessoal de Nem, Rogério se recusou a entregar o controle da favela,
o que deu origem a uma onda de violência na comunidade.
A ascensão de Nem no comando do tráfico da
Rocinha ocorreu em outubro de 2005, após a morte de Erismar Rodrigues Moreira,
o "Bem-Te-Vi", durante uma operação da Polícia Civil. A partir dali,
Nem e João Rafael da Silva, o Joca, braços direitos de Bem-Te-Vi, passaram a
controlar a venda de drogas na comunidade. Após a prisão de Joca, Nem assumiu
sozinho o comando da Rocinha.
Em janeiro de 2010, Nem chegou a forjar a
própria morte, farsa logo descoberta pela polícia. O golpe foi
descoberto pela Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA). O médico que
atestou o óbito do criminoso, Dalton Jorge, acabou preso por falsidade
ideológica e associação ao tráfico. Menos de dois anos depois, em novembro de
2011, Nem foi preso escondido no porta-malas do carro de um de seus advogados,
na Lagoa, por onde tentava fugir.
Mesmo com a prisão, Nem continuou, nos anos
seguintes, sendo o grande líder do comércio de drogas da Rocinha. Em setembro
deste ano, com a traição de Rogério 157 e tentativa de retomada do controle do
tráfico, ele voltou ao noticiário. Atualmente, está detido na penitenciária
federal de Porto Velho, em Rondônia, de onde ainda dita ordens àqueles que
ainda lhe são fiéis. Sua mulher, Danúbia, que teve que fugir da Rocinha após o
começo da guerra na comunidade, foi presa pela Polícia Civil em outubro deste ano .