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Saiba como lidar com a crise da formação do triângulo familiar que afeta os bebês
Uma das crises pelas quais o bebê passa ocorre por volta dos cinco ou seis meses de vida e se chama crise da formação do triângulo familiar. “Desde seu nascimento, mãe e filho relacionam-se como um só indivíduo, permanecendo esta relação chamada de ‘simbiótica’. A partir do terceiro mês, o bebê diferencia os rostos, mas ainda não é capaz de reconhecer que a mãe é diferente dele próprio. O triângulo familiar surge quando a criança reconhece que não é mais um ser unido à mãe, existindo, a partir desse momento, um terceiro que também cuida dela e a ama: o papai”, explica a médica de família Ana Paula Lemes Martins Marcolino, membro da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade (SBMFC).
Esta nova percepção pode causar algumas mudanças no comportamento do bebê. “Após essa formação diferente, o bebê começa a sentir-se ansioso, como se tivesse medo de não mais voltar a ser unido à mãe, e pode tornar-se choroso e angustiado”, afirma Marcolino.
Porém, não é preciso ficar preocupada, essa crise faz parte do crescimento psíquico do bebê. “Pelo contrário: é extremamente saudável. A criança pode apresentar uns sintomas de que está se ajustando a essa nova forma de ver o mundo: apresenta choro, pode dormir um pouco mal, querer ficar mais no colo da mãe, ao mesmo tempo que procura o pai. Talvez apresente até sintomas físicos como um resfriado comum”, diz Marcolino.
Como lidar com a crise
Primeiro, é preciso saber que essa crise é normal e que vai passar. “Quanto melhor os pais lidarem com essas fases, melhor desenvolvimento psíquico a criança terá. Agir com naturalidade, oferecer amor através de gestos e oferecer tempo à criança, procurando o casal compartilhar os momentos. Deixar o afago e o carinho apenas à mãe pode não ajudar tanto”, explica Marcolino.
A atitude da mãe nesta fase é muito importante. “Neste momento a mãe passa a sentir-se menos ligada simbioticamente ao bebê e necessita dar o espaço a esse terceiro, geralmente o pai, na relação mãe-bebê”, orienta Marcolino.
A duração da crise é individual, pois cada ser humano é único, quanto melhor foi o desenrolar, mais rápida e tranquila será. A maioria demora de três a seis semanas.
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