Nomes que não podem ser registrados no Brasil

 

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Antecipadamente, você sabia que existem alguns nomes que são proibidos no Brasil? Isto é, considerando a hipótese de registrar um ser humano com os nomes em questão. Ademais, isso acontece porque nomear um indivíduo com alguma palavra que poderá causar situações constrangedores, é completamente ilegal.

Assim sendo, o servidor responsável por realizar os registros do cartório, é obrigado a informar os responsáveis sobre a proibição. Além disso, quando existe algum nome com a grafia incorreta, o servidor também pode alterá-las. Portanto, alguns dos nomes proibidos no país, são:


  1. Triângulo;
  2. Bizarro;
  3. Sujismundo;
  4. Rua sem saída;
  5. Sem informação;
  6. Não declarado;
  7. Capô de fusca;
  8. Cadáver;
  9. Triste;
  10. Solitário;
  11. Criatura;
  12. Lúcifer;
  13. Santo;
  14. Anjo;
  15. Cachorro;
  16. Gorila;
  17. Miojo;
  18. Garrafa;
  19. Sem nome;
  20. Gringo;
  21. Computador.



Origem dos 11 sobrenomes mais comuns no Brasil

 

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1 – Silva

Antecipadamente, cerca de 5 milhões de brasileiros carregam Silva como sobrenome e sua origem deriva de Portugal. Já a sua, portanto, etimologia tem relação com a selva e a floresta.

2 – Santos

Entre as variações “Santos” e “dos Santos” existem cerca de 4,7 milhões de brasileiros registrados. Contudo, o sobrenome tem origem católica e está associado à óbvia ideia de santo.

Durante o período medieval era um sobrenome muito comum para os cavaleiros ibéricos, que nasciam durante a época do Dia dos Santos.

3 – Oliveira

Primeiramente, o nome de origem portuguesa, era muito mais utilizado como alcunha do que como sobrenome, pois indicava quem trabalhava com plantações e olivas.

4 – Souza

É o 4º sobrenome mais popular do país e deriva da palavra “saxa”, que traduzindo do latim significa “rocha”.

5 – Rodrigues

Em síntese, significa o mesmo que “filho de Rodrigo”, afinal, o sufixo -es era utilizado para definir a filiação da pessoa.

6 – Ferreira

O sobrenome, que é original da Península Ibérica, tem os seus primeiros registros no século XI, pois era usado nesse período para designar quem vivia em reservas e jazidas de ferro.

7 – Alves

Assim como Rodrigues, esse sobrenome serve para designar o patriarca de uma família em específico. Além disso, pode ser abreviação de Álvaro ou Álvares.

8 – Pereira

É difícil definir com precisão a origem desse sobrenome por conta da falta de evidências históricas. Apesar disso, estima-se que o primeiro Pereira foi um português que ganhou uma plantação de peras.

9 – Lima

O sobrenome surgiu por conta da proposta de designar a comunidade que vivia no Rio Lima, que se estende entre a Espanha e Portugal.

10 – Gomes

Gomes é um sobrenome que serviu para designar o patriarca de uma família, que modo que represente os “filhos de Gomo”.

11 – Ribeiro

Ribeiro significa rio pequeno e foi um sobrenome utilizado para servir como alcunha para os moradores das regiões banhadas por rios. 


Estes são os 11 sobrenomes mais comuns do país: qual é o seu?

Fizemos uma lista com os sobrenomes mais comuns no Brasil. 


Imagem: Divulgação


1 – Silva
2 – Santos
3 – Oliveira
4 – Souza
5 – Rodrigues
6 – Ferreira
7 – Alves
8 – Pereira
9 – Lima
10 – Gomes
11 – Ribeiro


Favela do Rio de Janeiro foi batizada com nome de novela

 

NELSON DI RAGO/TV GLOBO
Madalena (Patrícia França) em Salsa e Merengue; mocinha se envolve com dois irmãos na trama

No Complexo da Maré, conjunto formado por 17 favelas na zona norte do Rio de Janeiro, uma das comunidades foi batizada popularmente com o nome de Salsa e Merengue, novela das sete exibida pela Globo entre 1996 e 1997. 

Oficializado como bairro pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2000, o Conjunto Novo Pinheiro é chamado por seus moradores --e até mesmo encontrado com essa denominação em buscas de endereço-- até hoje por seu nome popular de Favela Salsa e Merengue.

A comunidade foi construída pelo governo para abrigar, em um primeiro momento, moradores afetados pelas fortes chuvas nos anos 1990 e acabou ganhando o nome da novela em decorrência do colorido das casas do conjunto, que remetia às cores da trama.

O folhetim de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa, com direção de Wolf Maya, foi exibido às 19h --entre Vira lata (1996) e Zazá (1997)--, e também era ambientado no Rio de Janeiro, na fictícia Vila do Vintém. Para reproduzir as vilas e casas inspiradas no bairro de Vila Isabel, a Globo construiu a maior cidade cenográfica da emissora até então. Era por ali que viviam os personagens Candinho (Marcos Oliveira) e Socorro (Stella Miranda), dupla cômica que ganhou enorme repercussão entre o público.

REPRODUÇÃO/FACEBOOK/MARÉ VIVE

Relembre a trama 

Primeira novela escrita por Miguel Falabella --que já estava à frente do dominical Sai de Baixo (1996-2002)--, Salsa e Merengue conta a história de um triângulo amoroso entre Eugênio (Marcello Antony), Valentim (Marcos Palmeira) e Madalena (Patrícia França).

Nascido em uma vila, mas trocado na maternidade e criado como filho dos ricaços Guilherme, interpretado por Walmor Chagas (1930-2013) e Bárbara (Rosa Maria Murtinho), Eugênio descobre toda a verdade sobre sua origem após sofrer uma contaminação por mercúrio. O rapaz desenvolve uma leucemia e precisa, com urgência, de um transplante de medula. Para resolver a questão, os pais adotivos vão em busca da mãe biológica de Eugênio: Anabel Muñoz (Arlete Salles).

A solução para salvar a vida do playboy está em Valentim, o outro filho da cerimonialista. O que o rapaz não faz ideia é que o irmão que ele nem conhece e precisa salvar vai se apaixonar pela mesma mulher que ele: a ex tecelã Madalena.

A trama também contou no elenco com nomes como Debora Bloch, Cristiana Oliveira, José Wilker (1944-2014), Victor Fasano, Laura Cardoso, Ariclê Perez (1943-2006), Diogo Vilela, Adriana Garambone, Maria Maya e Zezé Polessa.

ARLEY ALVES/ARQUIVO/TV GLOBO

Fonte: Noticias da TV



Allan Kardec: quem foi o homem que ‘inventou’ o espiritismo

Hippolyte Rivail nasceu em família católica e, desde muito jovem, dedicou-se aos estudos, sobretudo de filosofia e ciências

Da maneira como ele entendia, não se tratava de ter "inventado" o espiritismo. Allan Kardec (1804-1869) considerava-se o "codificador" da ideia. Que, para ele, também não era uma religião — mas, sim, uma doutrina, compatível com a religiosidade cristã e, principalmente, com a ciência e a filosofia então preponderantes na Europa do século 19.

Kardec foi o pseudônimo adotado pelo francês Hippolyte Léon Denizard Rivail, notável pedagogo, professor e tradutor, na hora de sistematizar as pesquisas — consideradas como científicas por ele — sobre os fenômenos paranormais e a mediunidade.

Escolheu ele o nome depois de uma experiência em que um suposto espírito familiar havia lhe revelado uma vida pregressa dele entre os druidas celtas da região da Gália.

No Brasil, a doutrina espírita kardecista encontrou solo fértil, sobretudo ao longo do século 20. A ponto de, segundo os dados do último censo do Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE), publicados em 2010, o espiritismo seja considerado a terceira religião com mais adeptos no país, depois do catolicismo e dos evangélicos — e, também, dos que declaram não participar de nenhuma religião.

Oficialmente, são mais de 3,8 milhões de praticantes da doutrina em território nacional. "Deu certo por aqui porque o espiritismo, no Brasil, desenvolveu mais o seu lado espiritual, religioso, e aqui já existia, por conta das religiões afro-brasileiras e afro-indígenas e o sincretismo que se fez no ambiente religioso, uma propensão à crença em espíritos, em entidades e seres que interferem cotidianamente na realidade, produzindo infortúnios, curas, bem-estar na população", argumenta o historiador, sociólogo e cientista da religião Marcelo Ayres Camurça, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e autor do livro Espiritismo em Sete Lições.

Em outras palavras, como salienta o pesquisador, no Brasil já hávia uma crença em espíritos anterior à própria chegada do kardecismo. E isso estava presente "em orixás, caboclos e no próprio catolicismo popular". "Quando o espiritismo chega, acontece uma adequação", afirma.

"O espiritismo kardecista encontra solo fértil aqui no Brasil porque a nossa matriz cultural nunca foi eminentemente racionalista, sempre foi mais emotiva e isso desemboca em uma visão religiosa mais mágica. Nesse sentido, e não há nada pejorativo aqui, lidamos com as questões de uma maneira a partir do pensamento mágico, encantado", contextualiza o historiador, filósofo e teólogo Gerson Leite de Moraes, professor na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

"Somos adeptos de uma religiosidade do encantamento e isso de deve à nossa própria história, baseada na construção da identidade brasileira, com índios, negros e portugueses que viveram durante muito tempo aqui e foram também alimentando esses aspectos. Esse é o caldo de cultura", acrescenta ele.

Moraes acredita que o espiritismo acabou trazendo "uma resposta que agrada as pessoas", com "recompensas que não estão presentes em visões mais deterministas como o cristianismo". "Esse mix transformou de fato o kardecismo numa religião interessante para o universo brasileiro", analisa.

De curioso a teórico espírita


Hippolyte Rivail nasceu em família católica e, desde muito jovem, dedicou-se aos estudos, sobretudo de filosofia e ciências. Ao situar o percurso intelectual dele, é preciso ressaltar o contexto acadêmico, uma vez que eram de sua contemporaneidade o naturalista Charles Darwin (1809-1882), que apresentaria a teoria da evolução das espécies, e o filósofo Auguste Comte (1798-1857), formulador do positivismo.

Bacharelado em Ciências e Letras, Rivail passou a atuar como tradutor, professor e pedagogo. Foi entusiasta da democratização do ensino e chegou a oferecer aulas gratuitas em sua própria casa, em Paris.

Em 1854, ouviu falar pela primeira vez sobre as tais "mesas girantes", encontros mediúnicos que eram moda na França daquele tempo. Cético, atribuiu o fenômeno inicialmente não a uma força de supostos espíritos, mas a uma influência do magnetismo.

Quando começou a frequentar tais reuniões, como curioso, contudo, ele passou a se convencer de que algo a mais poderia haver ali. E passou a sistematizar um método científico para, no seu entendimento, comprovar se haveria fraude ou não — estabelecendo uma série de perguntas que eram feitas do mesmo modo em reuniões diferentes, a fim de buscar coerência naquilo que lhe era apresentado como obra de espíritos.

O pentateuco da nova doutrina


Já convencido de uma influência sobrenatural, ele publicou sua primeira obra, O Livro dos Espíritos, em 1857. O material é considerado o marco fundador do espiritismo kardecista. E ali ele passou a assumir o pseudônimo Allan Kardec, em referência a sua suposta vida passada mas também como forma de diferenciar a sua carreira espírita de seus trabalhos como pedagogo.


Fac-símile da edição de 1860 da obra 'O Livro dos Espíritos', principal livro escrito por Kardec e base da nova doutrina

E é por causa dessa fundamentação teórica que Kardec se tornou tão importante. Afinal, se manifestações espíritas já eram narradas e sessões com médiuns já ocorriam, ele não "inventou" nada de novo — mas colocou no papel um método e procurou, a seu modo, explicar o que via.

"Ao longo da história, ocorreram muitos fenômenos ditos mediúnicos, de comunicação com espíritos. E o próprio Kardec, que ficou conhecido como líder, quase fundador, ou 'codificador' do espiritismo, ele não era médium", comenta Camurça.

"Mas sua curiosidade fez com que ele se tornasse o primeiro a sistematizar, vamos dizer que do ponto de vista científico, o que faziam os médiuns", explica o professor.

Para escrever seus livros fundamentais do espiritismo, ele passou a frequentar sessões com médiuns diferentes, aplicando perguntas sistemáticas e as compilando.

"Eram questões ao pretenso mundo espiritual, de toda ordem, de cosmologia, do destino da Terra e dos homens", elenca Camurça.

Kardec seguiria fazendo pesquisas e escrevendo livros basilares da nova doutrina, tendo publicado cinco obras até 1868. São considerados "o pentateuco" do espiritismo.

"Ele foi aprofundando a doutrina. Seu mérito foi ter feito as perguntas e as sistematizado", aponta Camurça.

Quando ele morreu, vítima de um aneurisma aos 64 anos, no ano de 1869, ele trabalhava em uma obra que procurava explicar as relações entre o magnetismo e o espiritismo. Na época, estima-se que sua doutrina já era seguida por cerca de 8 milhões de adeptos.

Kardec não via o espiritismo como uma religião, mas sim como uma doutrina 'que combinava ciência, filosofia e espiritualidade'

Cientificismo e teologia


Camurça situa o kardecismo dentro do contexto cientificista do século 19. "Ele chama o espiritismo de terceira revelação, sendo a primeira Moisés, a segunda Jesus Cristo. Esta terceira seria a revelação da modernidade, com a Terra já evoluída para receber essa doutrina que explicaria a humanidade", afirma.

Nesse sentido, ele mesclava ideias como a do evolucionismo — com a teoria de que a humanidade evolui porque a cada reencarnação os seres têm a chance de retornar melhores — e o sentido de justiça.

"Ele conseguiu produzir uma doutrina que estava no espírito do seu tempo, ou seja, a modernidade que negava as religiões enquanto dogmas e acabava adequando a mentalidade religiosa a uma mentalidade científica e filosófica. Essa era a sua pretensão", explica Camurça.

Conforme esclarece o pesquisador, Kardec não via o espiritismo como uma religião, mas sim como uma doutrina "que combinava ciência, filosofia e espiritualidade".

"Como religião ele concebia as que existiam até então, principalmente na Europa Ocidental onde ele vivia, com o catolicismo e o protestantismo", conta Camurça. "Para ele, o espiritismo visava a superar dois impasses da modernidade: a religião dogmática que caia no fatalismo, na ideia de que 'as coisas acontecem porque Deus quis assim', sem buscar explicações lógicas e racionais; e a ciência ateia e utilitarista que não percebia os valores mais aprofundados da humanidade."

Na sua proposição, Kardec acabou trazendo uma doutrina baseada na crença dos fenômenos da vida pós-morte. "E isso é significativo, porque, a princípio, a ciência não se interessa por isso", enfatiza Camurça.

"Ele quis estender a ciência da época, muito positivista, a uma compreensão do mundo inefável. O que era científico mas também filosófico, porque existia uma moral por trás disso", acrescenta.

No kardecismo, enfatiza Camurça, "Deus é o princípio de todas as coisas, uma força vital que organiza o cosmos e tem uma moral que implica em valores de justiça".

Fonte: BBC News Brasil




Sem entender como cão conseguia fugir, tutora instala câmera na cozinha e descobre técnica de gênio

 Presos na cozinha por uma grade, um dos cães sempre conseguia fugir, no entanto, como ele fazia isso era uma grande questão sem resposta


Irmão pit bull tinha participação importante no plano (Foto: Reprodução TikTok / midlandsdaxies)


A fuga improvável de um dachshund ou ‘cão-salsicha’ viralizou recentemente no TikTok. Depois de não entender como o canino conseguia escapar da cozinha, a tutora decidiu instalar uma câmera a fim de registrar o flagrante.

Presos na cozinha por uma grade, um de seus seus cães sempre conseguia fugir, no entanto, como ele fazia isso era uma grande questão sem resposta.


Os quatro cães estão em frente a grade (Foto: Reprodução TikTok / midlandsdaxies)


Todavia ao instalar uma câmera na cozinha foi possível saber como um dos quatro dachshund conseguia executar tal feito: com a ajuda de seu irmão.

Considerado como ‘gênio’ de quatro patas por muitos internautas, o canino utilizava as costas de seu irmão, um pit bull, como escada para conseguir pular pela grade.

O canino está tentando subir em cima do seu irmão (Foto: Reprodução TikTok / midlandsdaxies)


No vídeo é possível ver as várias tentativas do cãozinho para se equilibrar nas costas do pit bull até finalmente obter sucesso.

Seus outros dois irmãos salsichas observam atentamente a fuga, mas não fazem o mesmo, apenas parecem estar felizes pelo irmão ter conseguido.

“Tente, tente, tente novamente... e coloque seu irmão mais velho em uma posição melhor”, destaca a legenda.

O salsicha alcança a grade para pular para fora (Foto: Reprodução TikTok / midlandsdaxies)


Publicado no dia 25 de setembro na página do TikTok @midlandsdaxies, o vídeo foi visto por mais de 3,4 milhões de pessoas.

Além disso, teve 336,9 mil curtidas, 2.145 comentários e 19,3 mil compartilhamentos.

“Na vida temos que aproveitar as oportunidades”, comentou um internauta.
“Observe toda a cauda abanando antes que seu plano fosse quase executado”, detalhou outro.
“Brilhantes, salsichas são outra coisa, totalmente com ele!!”, salienta um.



No dia 20 de setembro, um primeiro vídeo sobre a tentativa de fuga foi publicada, entretanto, o salsicha não conseguiu pular para fora.

“Quando você teve que filmar o portão porque não conseguiu descobrir como seu mini dachshund estava superando isso.... Está tudo bem, use seu irmão mais velho”, enfatiza a legenda.

Confira o vídeo:




Dachshund


De acordo com o site Patas da Casa, cães da raça dachshund são bem agitados e cheios de energia.

Acredita-se que essa raça de cães adveio da Alemanha durante o século 15, no período da Idade Média.

Os dachshunds eram muito utilizados, na época, para caçar texugos, por causa do seu tamanho, agilidade e faro aguçado.

Com o passar dos anos, a raça acabou se tornando um cão de companhia, no entanto, quase chegaram a serem extintos após as duas guerras mundiais.

Vale lembrar, que o adestramento é muito importante para essa raça, já que ela precisa receber limites desde cedo e entender quem manda na casa.

Caso contrário, eles tendem a criar suas próprias regras e seguir seus instintos.

Com muita energia para pular, brincar e correr pela casa, o ideal é levar esses animais para passear pelo menos duas vezes ao dia, com dez minutos de caminhada ao ar livre.

O canino está em cima do pit bull (Foto: Reprodução TikTok / midlandsdaxies)


Fonte: Internet/TikTok

Demissão silenciosa: o que é isso? Empresa onde trabalho pode fazer isso comigo?

 Demissão silenciosa é mais um conceito que os trabalhadores devem conhecer. 


O mercado de trabalho passa, de tempos em tempos, por transformações, que podem modificar o cenário do emprego. Essas transformações podem ser mais locais, quando se trata de um país, por exemplo, como também de aspecto mais global, quando abrangem um maior número de países, seja de um hemisfério, de um continente ou de outras divisões. Dessa maneira, um dos últimos conceitos que apareceram foi o da demissão silenciosa. Mas do que se trata ela e será que as empresas e empregadores podem fazê-la?

No entanto, para entender o que é a demissão silenciosa, é preciso, antes de mais nada, entender que esse conceito ganhou uma alta popularidade, principalmente na Internet, nas últimas semanas. A expressão “demissão silenciosa”, vem da expressão em inglês “quiet quitting“. Neste sentido, ela se trata de um modo de comportamento de trabalhadores com relação às suas atividades de trabalho. O fenômeno pode ter diversas causas; acompanhe na matéria.

Demissão silenciosa é prática de empregadores e empregados / Imagem: Divulgação

O fenômeno do quiet quitting


Em linhas gerais, o fenômeno da demissão silenciosa, ou quiet quitting, se baseia em um comportamento do trabalhador de apenas realizar o mínimo necessário para que o seu trabalho seja feito. Esse comportamento passa a aparecer por meio de ações conscientes e intencionais de apenas realizar aquilo que precisa ser realizado, e nada além disso.

Ou seja, não se trata, de fato, de uma demissão do emprego, apenas de uma atitude de realizar as atividades do cargo ocupado estritamente como elas estão descritas. Isso quer dizer, em outras palavras, que o trabalhador não busca deixar de fazer suas tarefas, ou fazê-las de modo mais lento, ou então prejudicar o local de seu trabalho. Apenas quer dizer que o trabalhador faz aquilo que é necessário.

Esse fenômeno pode ter diversas causas responsáveis por originá-lo. Por exemplo, a desmotivação dos trabalhadores, estafa mental dos funcionários, empregadores que possuem dificuldades em reconhecer e manter os talentos de seu quadro de funcionários e funcionamento a partir de um formato vertical.

Além disso, outras questões relativas à gestão e também a necessidade dos colaboradores de possuírem focos em suas necessidades individuais podem estar relacionado ao crescimento da ‘demissão silenciosa’.

Empresa pode fazer o mesmo?


Como resposta, muitas empresas aderiram a um comportamento que está recebendo o nome de quiet firing, que também se trata de uma demissão silenciosa. No entanto, neste caso, a empresa é quem dá a resposta para o trabalhador. Dessa maneira, o que pode acontecer é que a empresa pode adotar certos comportamentos com o intuito intencional de fazer com que o trabalhador peça para sair.

Assim, o que as empresas podem fazer é suspender ou congelar promoções, suspender os feedbacks dos trabalhadores e outras ações que possuem como objetivo fazer com que o trabalhador queira pedir para sair. Neste sentido, nos Estados Unidos, por exemplo, muitas empresas podem acabar tratando funcionários que desempenham um mesmo cargo de forma diferente, além de reduzir o salário ou a carga horária.

No Brasil, por outro lado, dependendo da situação isso pode ser considerado assédio, e o trabalhador tem a possibilidade de buscar seus direitos na Justiça.

Motivos que levam à demissão por JUSTA CAUSA
Por fim, é importante lembrar que muitas pessoas podem acabar sofrendo com demissão sem perceber que existe justa causa para isso.

A saber, existem muitos cenários que podem levar ao fim do contrato.

Para facilitar, a seguir confira uma lista de motivos que levam à demissão com justa causa:

  • Improbidade: esse tipo de ato diz respeito a qualquer ação desonesta por parte do trabalhador. Exemplos: fraude, má-fé, abuso de confiança, entre outros;
  • Negociação no ambiente de trabalho sem permissão;
  • Desídia no desempenho de funções: para quem não sabe o que é isso, essas são as situações que podem começar com pequenas faltas que seguem acontecendo. É quando o profissional claramente não mostra mais interesse;
  • Embriaguez em serviço ou habitual;
  • Ato de indisciplina;
  • Agressões físicas;
  • Perda de habilitação profissional; entre outros.
  • Demissão por WhatsApp, pode acontecer?
  • Antes de mais nada, com o avanço da tecnologia e o aumento de uso de aparelhos celulares, o WhatsApp é um dos aplicativos com maior número de usuários do Brasil, se não o maior. Acontece, portanto, que a ferramenta que antes era visto como algo de lazer, agora também pode ser uma ferramenta de trabalho.
Assim sendo, diversas empresas e trabalhadores já utilizam o aplicativo mensageiro como fonte de conversa, portanto, há inúmeros casos em que o patrão escolhe demitir um funcionário, por meio do aplicativo. Primeiramente, segundo à análise de diversos advogados, não existe nenhuma lei que proibida a demissão por WhatsApp.

Ou seja, não é uma medida ilegal. Em segundo lugar, a demissão pode acontecer dessa forma, uma vez que o aplicativo já seja usado como fonte de diálogo para o empregador/trabalhador. Desse modo, ainda que não exista uma proibição, especialistas orientam que os empregadores optem sempre pelo diálogo de modo presencial. Isso porque, é uma forma melhor de sanar quaisquer questões.


Fonte: Internet

História do Bar Amarelinho da Cinelândia

 

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A história do Rio de Janeiro se mistura com a boêmia. Muito dos fatos mais importantes da memória da Cidade Maravilhosa começaram em mesas de bares e cafés. O Amarelinho da Cinelândia sintetiza essa ideia.

O Bar Amarelinho foi fundado em 1921, na Cinelândia, que na época, por abrigar teatros, cinemas que recebiam a elite carioca, era considerada “Broadway Brasileira”.

Cinelândia século XIX
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Entretanto, o nome, que caracteriza tão bem o lugar, nem sempre foi “Amarelinho”. O bar chegou a ser chamado de “Café Rivera”. De acordo com pesquisas do radialista e historiador Osmar Frazão, a mudança de nome se deu em decorrência da cor predominante das paredes externas do edifício.

Foto: Google Imagens

Entre muitas pessoas, dois espanhóis marcam a história do Amarelinho. O primeiro foi Francisco Serrador, empresário que investiu pesado na evolução da Cinelândia, instalando cinemas e teatros no local, possibilitando o crescimento também do bar.

O segundo espanhol fundamental para a história desse brasileiríssimo bar foi José Lorenzo Lemos, que depois de trabalhar por muito tempo como copeiro e garçom pelos restaurantes do Rio, se tornou, nos anos 1970, sócio do Bar Amarelinho e ajudou o estabelecimento a se reerguer em período difícil.

Nessa época, a badalada área da Cinelândia não passava por uma boa fase devido ao fechamento de muitos teatros e cinemas e às obras do metrô, que transformaram a histórica praça em um canteiro de entulhos e máquinas. Tudo isso reduziu o movimento.

Todavia, as coisas se acertaram e o Amarelinho voltou a respirar os ares dourados do passado. Passado marcado pela presença de muitos fatos e pessoas de suma importância para a história do Brasil.

Entre os assuntos que foram discutidos na mesa do mar e geraram grandes frutos estão a Semana de Arte Moderna, o início da Era Vargas, a luta pela igualdade racial e os movimentos nacionalistas no Brasil, a fundação do Partido Comunista nacional, entre muitos outros.

“AO REDOR DO BAR ESTÃO O THEATRO MUNICIPAL, A BIBLIOTECA NACIONAL, O CINEMA ODEON, A CÂMARA DOS VEREADORES E O CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL. O AMARELINHO DA CINELÂNDIA É UM DAQUELES BARES DO RIO DE JANEIRO QUE SEMPRE ESTÃO NOS LIVROS DE HISTÓRIA” OPINIÃO PUBLICADA NO SITE PATOTA CARIOCA.”

Quanto às pessoas, Oscar Niemeyer, Mário de Andrade, Joel Silveira, Vinicius de Moraes são só alguns dos célebres nomes que marcavam presença no Bar Amarelinho.

“O BAR AMARELINHO É UM LUGAR QUE TEM A CARA DO RIO: HISTÓRICO, DIVERTIDO, BEM LOCALIZADO. QUE BOM QUE ELE CONTINUA DE PÉ, PARA CONTINUAR PRODUZINDO RICAS MEMÓRIAS PARA NOSSA CIDADE E SERVINDO UM CHOPE GELADO” DESTACA O HISTORIADOR MAURÍCIO SANTOS.

Fonte: Internet

Quem foi Daniella Perez, assassinada no auge de sua carreira como atriz na Globo

 Morta quando estava no ar em 'De Corpo e Alma', filha de Gloria Perez é lembrada na série 'Pacto Brutal', da HBO Max


Foto Foto: Reprodução/Twitter


A estreia de "Pacto Brutal", minissérie documental em cinco episódios sobre o assassinato de Daniella Perez que estreia nesta quinta-feira, joga luz sobre a vida da atriz e bailarina, que morreu aos 22 anos, em 28 de dezembro de 1992.

Seu corpo foi encontrado pela polícia, ao lado de seu carro, num matagal de uma então pouco adensada Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, com 18 perfurações, a maioria concentradas na região do coração. O relato de uma testemunha levou a polícia a Guilherme de Pádua, colega de elenco da vítima, e à mulher dele, Paula Thomaz.

Daniella era a filha primogênita de Gloria Perez, hoje uma autora consagrada de novelas na TV Globo. Nasceu no Rio de Janeiro, em agosto de 1970 e desde cedo mostrou talento para o balé. Tanto é que chegou a dançar profissionalmente na companhia da coreógrafa Carlota Portella.

Seu talento para a dança a levou à sua primeira participação especial na TV, bailando na abertura da novela "Kananga do Japão", da extinta Manchete, que foi ao ar no final dos anos 1980. Foi nos bastidores desse folhetim que ela conheceu Raul Gazolla, com quem se casaria em 1990.

Gloria Perez conta na série "Pacto Brutal" que aquela experiência a abriu para tentar a carreira de atriz. Em 1990 sua filha ganhou o seu primeiro papel de atriz, como coadjuvante na trama de "Barriga de Aluguel", da faixa das seis da tarde da Globo. O enredo contava com Claudia Abreu no papel de uma jovem que empresta o útero para gerar o filho do casal vivido por Cássia Kis e Victor Fasano.

Em "Barriga de Aluguel", escrita por sua mãe, Daniella Perez interpretava Clô, que era uma das dançarinas do Café Copacabana, onde parte da trama era encenada. Foi ali que começou a a amizade entre a atriz e Eri Johnson, com quem voltaria a contracenar dois anos depois, em "De Corpo e Alma". O ator seria um dos nomes mais ativos a dar declarações no desenrolar do assassinato da amiga.

Na época, Daniella Perez chegou a comentar o fato de atuar numa trama que tinha a sua mãe como autora. "No começo, o fato de estar em 'Barriga de Aluguel' me incomodava muito", disse ela à revista Amiga TV, em 1991. "Eu, que nunca tinha feito nada como atriz, achava que estava tirando o lugar de alguém que realmente tivesse talento."

Seu primeiro papel de destaque se daria no trabalho seguinte, "O Dono do Mundo", enredo de Gilberto Braga para o horário das oito. A história acompanhava um médico inescrupuloso, vivido por Antônio Fagundes, que tinha fixação na virginal Márcia, interpretada por Malu Mader.

Nessa novela, que foi ao ar em 1991, Daniella Perez vivia Yara, irmã mais nova de Stella, papel de Glória Pires, que, por sua vez era casada com o personagem de Fagundes. As duas irmãs eram filhas de um ricaço encarnado por Stênio Garcia.

Tanto ele quanto Daniella Perez, aliás, voltariam a repetir o papel de pai e filha na produção seguinte de ambos, que foi "De Corpo e Alma", no ar a partir de meados de 1992.

Com essa novela, Gloria Perez, discípula de Janete Clair, assumia a sua primeira trama das oito em voo solo na Globo. O enredo principal girava em torno de Paloma, que recebia o coração transplantado de outra mulher, Betina, grande amor de Diogo, papel de Tarcísio Meira. Os dois acabavam se apaixonando, numa narrativa que ainda tratava da ascensão dos góticos e do fenômeno dos clubes das mulheres, com strippers masculinos.

Daniella Perez não era a protagonista da trama escrita por sua mãe, mas fazia um papel de destaque e que caiu no gosto popular –Yasmin, jovem cheia de personalidade que vivia um romance com Caio, interpretado por Fábio Assunção, que por sua vez deixava os papéis teen para se consagrar como galã.

Yasmin, na trama, tinha um envolvimento com Bira, motorista de ônibus vivido pelo ator Guilherme de Pádua, iniciante em seus 22 anos, que fazia em "De Corpo e Alma" o seu primeiro grande trabalho na TV.

Na noite de 28 de dezembro de 1992, o corpo de Daniella Perez foi encontrado num matagal, atingido por cerca de 18 estocadas que feriram seus pulmões e o coração.

A polícia chegou até Guilherme de Pádua por causa de uma testemunha que teria visto o seu carro, com a chapa adulterada, na cena do crime, pouco antes de o corpo da atriz ter sido deixado ali. A Justiça concluiu que o ator e sua mulher armaram uma emboscada contra a vítima. Ambos foram condenados por homicídio qualificado a uma pena de pouco menos de 20 anos de prisão.

Há cinco anos, o ex-ator se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em sua cidade natal, Belo Horizonte. Guilherme de Pádua concedeu poucas entrevistas sobre o caso, mas seu nome sempre reaparece por aí, como quando criou um canal no YouTube para falar de sua conversão religiosa. Numa de suas últimas aparições públicas, em 2020, foi às ruas num protesto pró-Bolsonaro.

Em 1993, quando foi ao ar a última gravação de Daniella Perez em "De Corpo e Alma", seus colegas de elenco quebraram a quarta parede para prestar homenagens, exibidas no fim do capítulo. E, quando a novela acabou de vez, em março daquele ano, mais uma vez exibiram um compilado de cenas da atriz.

"Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez"

Onde: Minissérie em cinco episódios disponíveis a partir de quinta (21), na HBO Max

Classificação: 16 anos

Produção: Brasil, 2022

Direção: Tatiana Issa e Guto Barra

Príncipe de Astúrias: conheça a história do 'Titanic brasileiro', que naufragou na costa de Ilhabela, SP

 Transatlântico afundou em 1916, depois de bater em uma barreira de corais submersos da Ponta da Pirabura; dos 654 tripulantes, 477 morreram quando navio afundou. No entanto, número de corpos encontrados no litoral paulista originou suspeita de que refugiados clandestinos


Viajem inaugural do navio Príncipe de Astúrias, em 1914. — Foto: Acervo O Globo


Na madrugada do dia 5 de março de 1916, o transatlântico Príncipe de Astúrias passava pela costa de Ilhabela em direção ao Porto de Santos, no litoral paulista. Era uma segunda-feira de carnaval e os tripulantes dançavam marchinhas no salão de baile do navio, quando a embarcação mudou de direção e se chocou contra uma barreira de corais na Ponta da Pirabura. Assim começa o maior naufrágio de que se tem conhecimento na costa brasileira.

O navio foi construído em 1914, na Escócia, sob encomenda de uma companhia espanhola. O transatlântico contava com uma estrutura de duplo casco, assim como a utilizada no Titanic e por isso inspira comparações. Na época essa tecnologia era conhecida por ser segura e ajudar a tornar a viagem mais rápida.

O Príncipe das Astúrias operava de forma mista, levando tanto pessoas quanto cargas. A estrutura tinha três classes com diferentes acomodações, comportando 1.890 pessoas - entre tripulantes e passageiros.

“A rota de travessia do Atlântico durava cerca de 30 dias, saindo de Barcelona e escalando em Cadiz e Las Palmas na Espanha, Canárias, além do Rio de Janeiro e Santos, no Brasil, Montevidéu, no Uruguai, antes de chegar a Buenos Aires”, explica o historiador Fernando Alves.
O transatlântico chegou a concluir seis viagens entre Barcelona e Buenos Aires e estava na sétima travessia quando naufragou.


Hall de um dos andares do navio Príncipe de Astúrias — Foto: Acervo O Globo

Período histórico


“Durante esse período, houve um declínio da Europa, com desemprego, fome e miséria. Essa instabilidade política e social favoreceu o surgimento de regimes totalitários. Diante dessa questão é que se constata o número significativo de tripulantes no porão da embarcação, fugindo da Primeira Guerra Mundial”, conta o historiador.
Com a fuga da Europa, todas as classes dos navios na época saíam completamente cheias dos portos, porém, nem a capacidade total era suficiente para comportar todos que tentavam embarcar.

Oficialmente, em sua última viagem, o Príncipe de Astúrias transportava 654 passageiros. Entretanto, muitos estudiosos acreditam que havia pessoas viajando junto às cargas no porão, de forma clandestina, em uma tentativa desesperada para sair dos países em guerra.

Estima-se que no total, pelo menos 1 mil pessoas estavam no navio durante o naufrágio.

Cargas Misteriosas


Sendo um navio misto, todo o tipo de carga podia ser encontrada em seus porões, mas em sua última viagem, itens curiosos estavam sendo transportados.

Entre eles, 12 estátuas que haviam sido encomendadas pela Espanha para serem colocadas no Parque Palermo, em Bueno Aires, como parte do monumento “la Carta Magna y las Cuatro Regiones Argentinas” - inaugurado em comemoração aos 90 anos da independência da Argentina. As peças foram feitas de bronze e custaram 40 mil libras-ouro no total, um valor expressivo na época.


Estátua encontrada depois do naufrágio do navio Príncipe de Astúrias — Foto: Reprodução

Em 1990, uma das estátuas foi encontrada por mergulhadores e atualmente está exposta no Serviço de Documentação Geral da Marinha, no Primeiro Distrito Naval, no Rio de Janeiro. Das outras 11, somente pedaços foram recuperados.

Além das estátuas que têm registros oficiais, houve boatos de que 11 toneladas de ouro estariam sendo transportadas na embarcação, porém a suposta carga preciosa nunca teve uma comprovação.

Diário do Naufrágio


As quatro horas da manhã do dia cinco de março de 1916, 16 dias após sua partida de Barcelona, uma forte chuva caía no Litoral Norte, deixando a visibilidade extremamente baixa até mesmo para o experiente capitão José Lotina.


Capitão do navio Príncipe de Astúrias, José Lotina — Foto: Créditos: acervo/divulgação

Não houve outra alternativa a não ser mudar a rota que seguiam. Em vez de continuar em mar aberto em direção a cidade de Santos, fizeram um desvio para a parte rasa, sem saber que estavam entrando em uma área de corais.

Os tripulantes não tiveram tempo de fazer nada: o navio bateu contra a parte dos corais submersos da Ponta da Pirabura, na costa de Ilhabela, abrindo uma enorme fenda de pelo menos 40 metros no casco. O que aconteceu depois do impacto é incerto.

Sobreviventes chegaram a relatar que a água começou a invadir a sala de máquinas e duas das caldeiras explodiram. Muitas pessoas morreram de imediato e várias outras morreram ao serem tragadas para o fundo do mar, por causa da sucção gerada pela pressão. O corpo de José Lotina nunca foi encontrado, assim como o de seu primeiro oficial, Antônio Salazar Linas.

Depois da explosão, a embarcação se partiu em três pedaços e em menos de cinco minutos, o Príncipe de Astúrias estava completamente no fundo do mar.



Escada do navio príncipe de Astúrias — Foto: Acervo Globo

Resgate


Algum tempo depois do naufrágio, o navio inglês Vegas, que fazia a mesma rota em direção a Santos, percebeu que algo estava acontecendo próximo à costa de Ilhabela e se aproximou do local.

O transatlântico ajudou no resgate de alguns sobreviventes, que conseguiram nadar ou se seguraram em algum tipo de objeto até se salvarem. Além de sobreviventes, alguns corpos foram recolhidos do mar pela tripulação.

“Os corpos se espalharam pelo Litoral Norte e quando encontrados, foram enterrados nas praias. Cerca de 600 pessoas foram enterradas na praia da Serraria em Ilhabela e 300 em Castelhanos”, conta Fernando Alves sobre as vítimas do navio.

Além das praias da Serraria e Castelhanos, a Praia da Caveira, que antes não tinha esse nome, serviu de cemitério para as vítimas da tragédia. Até os dias de hoje, estes locais são cercados de lendas sobre o caso.


Ponta da Pirabura em Ilhabela, onde o navio Príncipe de Astúrias naufragou — Foto: Reprodução

 Entre os 654 passageiros registrados oficialmente , 477 morreram no naufrágio. Nunca foi provada a existência de hóspedes clandestinos, mas o número de sepulturas encontradas nas praias totalizam mais de mil, quantidade que não se encaixa no número total de pessoas que estavam a bordo do Príncipe das Astúrias.

Os destroços do navio estão a 30 metros de profundidade, ao lado da Ponta da Pirabura. Para não prejudicar a passagem de embarcações pelo local, em 1989 os pedaços restantes da embarcação foram dinamitados.

O mergulhador e arqueólogo marítimo, Jeannis Platon, realizou expedições durante 17 anos ao navio, em busca de relíquias perdidas em meio aos destroços.

Em uma entrevista concedida ao g1 em 2016, quando o naufrágio completou 100 anos, o mergulhador contou que o local onde os destroços se encontram é exposto a fortes correntes marítimas além de pouca visibilidade devido à movimentação da água que fica turva com a areia e com as partículas de ferrugem vindas das ferragens do navio.


Jornais da época divulgaram o maior naufrágio na costa brasileira — Foto: Reprodução/Blog Jeannis Platon

Algumas relíquias do transatlântico foram recuperadas pelos mergulhadores ao longo dos anos, além de artefatos encontrados na época do naufrágio por moradores da ilha. Talheres e pratos utilizados pelos hospedes a bordo e até mesmo bonecas de meninas que estavam viajando foram resgatados do fundo do mar.


Boneca encontrada entre as relíquias do navio Príncipe de Astúrias — Foto: Créditos: acervo Globo


Fonte: g1 Vale do Paraíba e Região

Os benefícios surpreendentes dos dedos enrugados na água

 Estudos apontam que os seres humanos podem ter evoluído para enrugar os dedos das mãos e dos pés, em algum momento da história.


Até agora, foi encontrado apenas um outro primata com dedos que ficam enrugados quando mergulhados na água: o macaco-japonês — Foto: Getty Images via BBC


A pele da ponta dos nossos dedos fica enrugada como uma ameixa seca quando os mergulhamos por alguns minutos na água. Seria uma adaptação evolutiva? E o que isso pode revelar sobre a nossa saúde hoje em dia?

Basta ficar mais que alguns minutos mergulhado em uma banheira ou nadando em uma piscina para que os nossos dedos passem por uma transformação dramática. Onde antes havia as delicadas espirais da epiderme levemente ondulada, agora temos dobras inchadas de pele feia e enrugada.

Essa impressionante mudança é familiar, mas também desconcertante. Afinal, apenas a pele dos dedos das mãos e dos pés fica enrugada quando imersa na água, enquanto outras partes do corpo, como os antebraços, o tórax, as pernas e o rosto, permanecem com a mesma aparência de antes de serem submersos.

Esse enrugamento da pele dos dedos causado pela água foi objeto de pesquisa dos cientistas por décadas. A maioria deles não entendia o que gerava esse fenômeno. Até agora.

Recentemente, pesquisadores encontraram novas respostas sobre a causa e o possível propósito desse processo.

Mas talvez o mais intrigante ainda seja o que os dedos enrugados podem revelar sobre a nossa saúde.

O mecanismo


Leva cerca de 3,5 minutos em água morna — a temperatura considerada ideal é 40 °C — para que as pontas dos nossos dedos comecem a se enrugar. Já em temperaturas mais baixas, de cerca de 20 °C, pode levar até 10 minutos. Mas a maioria dos estudos concluiu que são necessários cerca de 30 minutos na água para atingir o enrugamento máximo.

Costumava-se acreditar que o enrugamento da ponta dos dedos fosse uma reação passiva, na qual as camadas superiores da pele inchavam enquanto a água invadia as células em um processo conhecido como osmose. Nele, as moléculas de água movem-se através de uma membrana para equalizar a concentração das soluções de cada lado.

Mas, em 1935, cientistas suspeitaram que o processo deveria ser mais complexo. Foi quando médicos que estudavam pacientes lesionados que haviam rompido o nervo mediano — um dos principais nervos que correm pelo braço até a mão — descobriram que seus dedos não se enrugavam.

Entre outras funções, o nervo mediano ajuda a controlar as chamadas atividades simpáticas (do sistema nervoso simpático), como o suor e a constrição dos vasos sanguíneos. Essa descoberta sugeriu que o enrugamento das pontas dos dedos induzido pela água, na verdade, é controlado pelo sistema nervoso.

Estudos médicos posteriores nos anos 1970 forneceram mais evidências sobre esse processo e propuseram a imersão das mãos na água como um experimento para determinar lesões nervosas que possam afetar a regulagem de processos inconscientes, como o fluxo sanguíneo.

Até que, em 2003, os neurologistas Einar Wilder-Smith e Adeline Chow, que na época trabalhavam no Hospital da Universidade Nacional de Singapura, mediram a circulação sanguínea nas mãos de voluntários enquanto as mergulhavam na água. 

Eles concluíram que, à medida que a pele das pontas dos dedos dos voluntários começava a enrugar-se, havia uma queda significativa do fluxo sanguíneo nos dedos.

E, ao aplicar um creme anestésico local que causava a constrição temporária dos vasos sanguíneos dos dedos de voluntários saudáveis, os médicos concluíram que ele produzia níveis de enrugamento similares à imersão na água.

"Isso faz sentido quando você olha para os seus dedos enrugados", afirma Nick Davis, neurocientista e psicólogo da Universidade Metropolitana de Manchester, no Reino Unido, que estudou o enrugamento da ponta dos dedos. "As almofadas dos dedos ficam pálidas porque o fluxo sanguíneo está sendo restringido na superfície."

Wilder-Smith e seus colegas imaginaram que, quando as mãos são imersas na água, os dutos de suor nos nossos dedos se abrem para permitir a entrada de água, o que gera desequilíbrio dos sais da pele. 

Essa alteração dos sais aciona as fibras nervosas dos dedos, causando a constrição dos vasos sanguíneos em volta dos dutos de suor. Isso, por sua vez, causa perda de volume na região carnosa da ponta do dedo, que puxa para baixo a pele da superfície que então se distorce, criando rugas.

O padrão das rugas depende da forma em que a camada mais exterior da pele — a epiderme — é fixada às camadas abaixo dela.

Também surgiram indicações de que as camadas externas da pele podem inchar um pouco para aumentar a formação de rugas. Mas, somente por osmose, nossa pele precisaria inchar em cerca de 20% para atingir as rugas que vemos os nossos dedos, o que as aumentaria de forma descomunal.

O que ocorre é que, quando as camadas superiores da pele ficam levemente inchadas e os níveis inferiores se contraem ao mesmo tempo, as rugas ficam pronunciadas com muito mais rapidez, segundo Pablo Saez Viñas, engenheiro de biomecânica da Universidade Técnica da Catalunha, na Espanha, que usou modelos computadorizados para examinar o mecanismo.

"Você precisa dos dois fatores para ter níveis normais de enrugamento", segundo ele. "Se você não tiver essa reação neurológica, como acontece em alguns indivíduos, as rugas não aparecem."

Mas, se o enrugamento é controlado pelos nossos nervos, isso significa que o nosso corpo reage ativamente à imersão em água.

"O que quer dizer que isso acontece por alguma razão", segundo Davis. "E que pode estar nos dando alguma vantagem."

Vantagem


Uma pergunta de um dos seus filhos na hora do banho — por que os dedos ficam enrugados — levou Davis a pesquisar recentemente qual poderia ser essa vantagem.

Com a ajuda de 500 voluntários que visitaram o Museu de Ciências de Londres em 2020, Davis mediu quanta força era necessária para que eles segurassem um objeto de plástico.

Talvez conforme o esperado, aqueles que estavam com as mãos secas e sem rugas precisaram usar menos força que as pessoas com as mãos molhadas - logo, sua aderência sobre o objeto era melhor.

Mas, quando eles mergulharam suas mãos na água por alguns minutos para que suas mãos ficassem enrugadas, a força de preensão necessária caiu entre os dois grupos, mesmo se as suas mãos ainda estivessem molhadas.

"O resultado foi surpreendentemente claro", explica Davis. "As rugas aumentaram a fricção entre os dedos e o objeto. O que foi particularmente interessante é que os nossos dedos são sensíveis a essa mudança da fricção superficial e nós usamos essa informação para aplicar menos força para segurar um objeto com segurança."

O objeto que os voluntários de Davis estavam segurando pesava menos que um par de moedas, de forma que a aderência necessária era pequena. Mas, para realizar tarefas mais difíceis em ambientes úmidos, essa diferença de fricção pode ganhar importância.

"Se você não precisa pressionar um objeto com tanta força para segurá-lo, os músculos das suas mãos ficam menos cansados e você pode segurar por mais tempo", explica ele.

Suas descobertas coincidem com as de outros pesquisadores que descobriram que o enrugamento das pontas dos nossos dedos facilita o manuseio de objetos molhados.

Em 2013, uma equipe de neurocientistas da Universidade de Newcastle, no Reino Unido, pediu aos voluntários que transferissem bolas de gude de diversos tamanhos e pesos de pesca de um recipiente para outro. Em um dos casos, os objetos estavam secos e, no outro, eles estavam no fundo de um recipiente cheio de água.

Os participantes levaram 17% mais tempo para transferir os objetos submersos com dedos sem rugas que os objetos secos. Mas, quando seus dedos ficaram enrugados, eles conseguiram transferir as bolinhas e os pesos submersos 12% mais rápido que com seus dedos molhados e não enrugados. Interessante notar que não houve diferença na transferência dos objetos secos com dedos enrugados ou sem rugas.

Alguns cientistas sugeriram que as rugas nas pontas dos nossos dedos podem funcionar como as bandas de chuva dos pneus ou como as solas dos sapatos. Os canais produzidos pelas rugas ajudam a retirar a água do ponto de contato entre os dedos e o objeto.

Isso indica que os seres humanos podem ter evoluído para enrugar os dedos das mãos e dos pés em algum momento da história para nos ajudar a segurar objetos e andar sobre superfícies úmidas.

"Como as rugas parecem fornecer melhor aderência debaixo d'água, eu consideraria alguma relação com a locomoção em condições muito úmidas ou possivelmente com o manuseio de objetos debaixo d'água", afirma Tom Smulders, neurocientista evolutivo da Universidade de Newcastle, que liderou o estudo de 2013.

As rugas podem ter dado aos nossos ancestrais uma vantagem fundamental para andar sobre pedras molhadas ou segurar-se em galhos, por exemplo. Ou pode ter nos ajudado a pegar ou coletar alimentos como mariscos.

"No segundo caso, isso indicaria que é algo exclusivo dos seres humanos, mas, no primeiro caso, esperaríamos que isso acontecesse também em outros primatas", afirma Smulders.

Ainda não foi observado enrugamento dos dedos nos nossos parentes primatas mais próximos, como os chimpanzés, mas já se verificou que os dedos dos macacos-japoneses — conhecidos por ficarem por longos períodos na água quente — também ficam enrugados depois de submersos na água.

Mas a falta de evidências em outros primatas não significa que o enrugamento não acontece. Pode ser simplesmente que ninguém ainda tenha observado o suficiente, segundo Smulders. Na verdade, "nós ainda não sabemos a resposta a essa pergunta."


Existem outras indicações interessantes sobre quando essa adaptação pode ter aparecido na nossa espécie. O enrugamento da ponta dos dedos é menos pronunciado na água salgada e leva mais tempo para aparecer que na água doce, por exemplo.

Isso provavelmente acontece porque a variação do nível de sal entre a pele e o ambiente ao seu redor é menor na água salgada, de forma que o desequilíbrio de sal que aciona as fibras nervosas é menos acentuado.

Por isso, essa adaptação pode ter ajudado nossos ancestrais a viver em ambientes de água doce e não ao longo do litoral.

Mas não há respostas definitivas e algumas pessoas acreditam que essa reação fisiológica pode ser apenas uma coincidência, sem função adaptativa.

Fonte: G1 Saúde/BBC