O Palácio Guanabara era a casa da Princesa Isabel e marcou a história do país como lar monárquico
Princesa Isabel (à esq.) e o Palácio da Guanabara (à dir.) - Wikimedia Commons / Ivokory
Princesa Isabel mascou a história do Brasil por intermediar os momentos finais da Família Imperial antes da Proclamação da República, sendo eternizada em pautas históricas.
Contudo, em seus momentos de descanso, a monarca regente tinha a oportunidade de repousar em uma das mais quiméricas residências no bairro das Laranjeiras, no Rio de Janeiro: o Palácio Guanabara.
Confira 5 curiosidades sobre o antigo palácio da Princesa Isabel, através de informações presentes no site Palácios do Povo, do Governo do Rio de Janeiro.
Outras intenções
Com sua estrutura concluída em 1853, o palácio não foi construído para se tornar uma residência real; do contrário, foi levantada por um comerciante português chamado José Machado Coelho, que residiu por dez anos na estrutura junto a seus familiares. O ponto só se tornaria o Palácio Guanabara em 1864, quando o imperador D. Pedro II se interessou em comprar.
Presentão
Apesar de ter adquirido o Palácio Guanabara, o monarca já vivia na chamada Casa do Imperador no Paço de São Cristóvão, que nos dias atuais abriga o Museu Nacional. Logo, a aquisição era direcionada a filha Isabel como presente de casamento para celebrar a união com o Conde d'Eu, recebendo uma reforma aos padrões neoclássicos para recebê-la.
Símbolo do país
Somente em 1890, no ano seguinte a Proclamação da República e fim da atuação monárquica no país, que a construção foi considerada patrimônio nacional. Foi em tal ocasião também que recebeu o nome atual de Palácio Guanabara e, por lá, abrigaria todos os presidentes da República até a mudança de capital para Brasília, em 1960.
Fotografia registra o Palácio Guanabara em plano geral / Crédito: Wikimedia Commons / Halley Pacheco de Oliveira
Aproveitando a estrutura robusta, o Governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu abrigar, no mesmo ano, a sede administrativa estadual no local. A estrutura é usada pelo adminstração estadual até os dias atuais.
Pontos notáveis
Sua mais famosa dona, sem sombra de dúvida, foi a Princesa Isabel, que tinha um carinho especial pelo Palácio; realizava saraus culturais para se entreter na estrutura do Salão Nobre, decorou o jardim com um chafariz contendo uma representação do Deus Netuno e ainda abrigou a sala de jantar na atual Sala Estácio de Sá, um dos cômodos mais extensos e luxuosos da estrutura.
De tão amado pela princesa, em 1895, Isabel entrou com um processo contra a União exigindo a devolução do palácio. Curiosamente, a ação permaneceu em curso até o ano de 2020, quase cem anos após a morte de Isabel. Confira a história aqui.
Podemos entrar
Apesar de ainda pertencer a União e receber o governo estadual, o local possui um programa de visitação pública desde 2021, permitindo a entrada entre às 9h até 17h, agendando a visita através do portal do palácio na internet.
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