Eduardo Paes e o PCCR ( Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração) A VERDADE!


O vocalista da banda Detonautas, o Tico Santa Cruz, é uma pessoa q se demonstra preocupada com a situação política do nosso país, e como todos os brasileiros (dos q usam a massa cefálica) fica indignado com a corrupção e com políticos corruptos. Ele tem o costume de debater esses e outros assuntos em sua rede social. E hoje fez a seguinte postagem:


"Hoje saiu um Ranking mostrando que a o BRASIL ocupa o Penúltimo lugar no Ranking de valorização dos Profissionais da Educação. 
Nos últimos eventos no Rio de janeiro, observamos uma mobilização intensa da classe que foi BRUTALMENTE REPRIMIDA por uma POLÍCIA COMPLETAMENTE DESPREPARADA.
Minha função como artista não é apenas estar no palco e aparecer na TV ou nas revistas de fofoca desse país. Me sinto no dever de participar ativamente das questões políticas e sociais do meu País. E é o que faço, seja quando estou organizando ou participando das mobilizações ou quando estou dando meu apoio público para as causas que acredito serem importantes para a sociedade.
Entrei em contato com PREFEITO DO RIO - Eduardo Paes - Para questionar a respeito do posicionamento da Prefeitura com relação a este tema.
Fui prontamente atendido e recebi vários e-mails com algumas informações que o próprio Prefeito fez questão de me enviar para esclarecer minhas dúvidas.
Esse diálogo é fundamental e agradeço a atenção dispensada e o respeito pelo meu questionamento.
Todavia, preciso entender melhor estas relações e vou deixar a disposição dos PROFESSORES - nesse primeiro POST ( FAREI OUTROS COM O CONTEÚDO DOS E-MAILS RECEBIDOS ) Duas FOTOS:

- ATA DE REUNIÃO DE UM GRUPO DE TRABALHO PEDAGÓGICO entre a Prefeitura do Rio de janeiro e o SEPE.

- ATA DE REUNIÃO DE NEGOCIAÇÃO ENTRE A Prefeitura do Rio de janeiro e o SEPE.

Ambas assinadas por todos os envolvidos nesta crise e com pontos determinados que depois foram questionados pelo SEPE.

Quero saber porque o SEPE assinou a ATA concordando com os pontos que foram propostos e depois manteve a Greve.

Sendo assim, para que eu possa me informar melhor, conhecer de forma mais profunda este assunto - até para participar junto a Prefeitura do Rio de janeiro em prol de um acordo com os Professores - Classe que respeito e considero muito.

De forma que peço que os PROFESSORES QUE ME SEGUEM, assim como os responsáveis pela liderança do SEPE - se acharem importante minha participação nesta questão - que por favor comentem e esclareçam estes pontos que foram inicialmente firmados e assinados e que agora estão sendo contestados.

Desde já agradeço a atenção do Prefeito EDUARDO PAES e das LIDERANÇAS DOS PROFESSORES.
No que eu puder colaborar, estarei colaborando.

Ps: Não tenho intenções políticas e nem ambições para me tornar Deputado, Vereador ou assumir qualquer cargo do Legislativo neste momento de forma que minha interação neste assunto é puramente por acreditar que como artista e ATIVISTA seja o mínimo que eu possa fazer.

Abraços a todos que estão nessa Luta
Tico Sta Cruz"

Junto com esse texto enviou essas duas fotos:




Como resposta, até agora (01:03hs do 05/10) ele teve 1.733 curtidas em seu post, 338 compartilhamentos e 264 comentários e respostas a seus questionamentos. Ele recebeu muitos comentários parabenizando ele pela atitude. Abaixo algumas das respostas de professores, alguns com mais de 20 anos de carreira.

Vou começar por esta resposta:

Fernanda Palomanes R. Gomes: Tico Santa Cruz. Vou tentar explicar o inexplicável: Trabalhamos em condições subhumanas, turmas com 43, 45, 50 ou 52 alunos, sem climatização, porrada e bullying, sem poder disciplinar os alunos q excedem , até, em casos extremos, como roubos, agressão verbal e física .Tenho dois jovens alunos deficientes visuais totais, q, na minha opinião, estão sendo torturados, devido a turma superlotada e barulhenta p eles . Só quem trabalha numa escola sabe o INFERNO q passamos.
Pois bem, iniciamos a greve, (o município não fazia greve há 19 anos) conseguimos a promessa (porq ata não é acordo oficial), de um plano de carreira, onde o sindicato participasse, dando opiniões e informando a categoria, mas para isso a prefeitura pediu p parar a greve. A categoria (7 mil em assembleia se dividiu e um grupo dizia não confiar no governo e q queria a melhoria pedagógica : menos alunos por turma, liberdade pedagógica, 6 tempos q nos foram tirados, a volta do espanhol p a grade e o fim do acordo c a cultura inglesa q obrigou a rede a colocar só o inglês na grade; ou seja, coisas q só quem é da prática sabe q é importante; o problema da superexploração das merendeiras, etc). Então o governo fez uma outra ata com o sepe e até a categoria (muita gente nas assembleias, o consenso é mais lento) se conscientizar e retornar ao trabalho, levou algum tempo.
O q ocorreu? Nós voltamos p o trabalho e o governo quebrou sua palavra, não mostrou o plano de cargos p o sindicato (SEPE), fez um plano q atendia cerca de 5% da categoria, induzindo que os professores de 16h, 22,5h, 30h, migrassem p 40horas (para ser mais explorado e ficar maluco, porq não é a mesma coisa q nas universidades federais q o prof tem 2 turmas, com 8 tempos em sala; no município teríamos 32 tempos, dependendo da matéria, com 16, 10 ou 8 turmas, COM 45 50 ALUNOS, OU SEJA, A MORTE!!!!) . É a SUPEREXPLORAÇÃO DO PROFESSOR NUMA ESTRUTURA CAÓTICA; MATA DE INFARTE , AVC, DEPRESSÃO, CÂNCER, ETC
O Prefeito, sem mostrar o plano p a categoria, foi apresentá-lo no Palácio p uns 30 vereadores da base aliada, com risoto de camarão, tipo foda-se vai ser aprovado. Foi p câmara, foram feitas emendas pelos vereadores, por causa da mobilização, sem consultar a categoria. E no dia da votação, os profs. assumiram a Câmara. Vereadores de oposição não tiveram acesso ao plano (PASME!). Esses prof. foram expulsos pela polícia, sem mandato, a globo falou q os prof do lado de fora soltaram um coquetel molotov (MENTIRA!) e assim foi feito o cerco à câmara p a votação no dia 1 de outub, com aparato de guerra p expulsar a categoria da Cinelândia, com P2 infiltrados, violência, bombas caindo do alto dos prédios, etc, com os Black blocs ajudando os professores.
Acho q consegui resumir um pouco a questão. Mas todo o processo é bem complexo. Qualquer dúvida, SEPE, vereadores de oposição. ESTÃO MATANDO OS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO AOS POUCOS, JUNTAMENTE COM OS FILHOS DOS TRABALHADORES, p fazer copa, olimpíadas e porto maravilha. Quero escolas e hospitais maravilhas. Não sou filiada ao sepe, sou prof. há 20 anos, sempre em sala, não sou vinculada a partidos, MAS AMO O QUE FAÇO! Um abraço e obrigada pelo interesse. Fernanda P. R. Gomes.

Priscila Pri: Tico, sou professora da Rede Municipal e estou em greve desde o início. O prefeito não cumpriu os acordos. Nós sim, suspendemos a greve com a promessa de que o Sepe faria parte do Grupo de trabalho de elaboração do plano de cargos e salários dos profissionais de educação, o que não ocorreu. Mediante a apresentação de um plano que não contempla 93% da categoria, nós, professores e profissionais da educação decidimos retomar a greve. Isso sem falar na pauta pedagógica que foi falada mas nada concreto foi apresentado. A meritocracia continuará assolando nosso trabalho, nossas salas continuarão lotadas e a aprovação automática continuará ocorrendo, ainda que de forma velada. Entre outros graves problemas de estrutura...

Fernanda Paschoal Xavier: Tico, primeiro que as atas não são acordos. E o Sepe não tem autonomia para encerrar a greve.
Quando se coloca dessa maneira, pressupõe que nós educadores somos massa de manobra, o que nós definitivamente não somos. Se voce ler atentamente todos as atas, verá que em momento nenhum, houve de fato predisposição de que de fato algo seria feito. Tudo ficou sugestivo, ou a sensivel as nossas reivindicações.
Nada concreto.
Essa não é uma greve apenas por questões salariais. É pelo de gestão educacional que está ameaçado.
Muitos colegas acima postaram pontos de reinvidicações. E uma postou sobre o plano de carreira que joga tanto a vida do educador, quanto a educação no lixo.

Maisa Dias: Tico ... A elaboração do plano de cargos e salários foi uma reivindicação nossa, nem sequer cogitada pelo Prefeito anteriormente. Conforme ata da reunião, segundo a foto postada por você, ele se comprometeu a elaborá-lo juntamente com o GT do SEPE, o que não aconteceu. A partir daí, podemos começar a discussão, que ainda teria inúmeros outros pontos.

Danny Ribeiro: Para mim, a questão mais fundamental na greve é a pauta pedagógica, especialmente a redução do número de alunos por turma, que, além de destruir a saúde dos professores, torna o aprendizado insustentável.
No entanto, antes do retorno às aulas, eu fui uma das que estava votando pela suspensão da greve. Eu entendia que tínhamos conquistado a negociação, que se daria através de dos GTs e que a resolução desse problema, que demanda a construção de novas escolas, não poderia ser imediata. Da mesma forma, outros pontos da pauta também não poderiam ser conquistas dos em greve, como o 1/3 para planejamento e o 6º tempo de aula.
Racionalmente eu sabia que estas questões eram estruturais e que só poderiam consolidar para o ano letivo de 2014, e ainda assim gradualmente. Então, defendi que deveríamos voltar às aulas e ficar atentos ao andamento das negociações. E aí, se fosse o caso, se as coisas não fossem encaminhadas da forma devida, ao menos com prazos determinados para estas mudanças, não retornaríamos às aulas no ano letivo seguinte.

Assim como eu, muitos outros pensaram o mesmo e decidimos retomar as aulas, inclusive para não sermos acusados de intransigência, precisávamos topar a proposta de negociação.

Voltamos às salas de aula e, na semana seguinte, chegou o prazo para entrega do plano de carreira. Ainda que fosse excelente para a categoria, a prefeitura já não havia cumprido com as atas, já que o SEPE não participou da sua formulação e sequer teve acesso ao texto final antes que este fosse encaminhado à Câmara.

No momento em que tivemos acesso e vimos o quão prejudicial era, a decisão foi unânime pelo retorno. E aí, agora, precisaremos de coisas mais concretas para retornar. Já vimos que, se em relação ao plano, que era algo objetivo, foi assim, imagina em relação às mudanças estruturais.

As coisas já não andam bem há muito tempo, mas agora estamos mais unidos que nunca e não aceitaremos mais ver a destruição acontecer na nossa cara sem fazer nada.


Roberta Flores: Entretanto, na gestão do Eduardo Paes, algo de diferencial aconteceu, ele convidou para assumir a secretária de educação, uma economista, isto mesmo, uma ECONOMISTA! Economistas entendem de acumular capital, de economizar... Verbo que não rima com educar! Educar custa caro, todos que tem filhos sabem bem disso. Educação pública de qualidade então, custa muito caro, pois a escola deveria garantir às crianças de classe popular, acesso aos bens culturais que as crianças de classe média e alta têm através de suas famílias: livros de literatura, ida ao teatro e ao cinema e etc. Infelizmente, está não é a missão da secretária Cláudia Costin no Rio de Janeiro, a sua missão é instalar no Rio de Janeiro um modelo de educação pública que foi instalado nos Estados Unidos na década de 60 e hoje estão colhendo o resultado (não precisamos nem comentar o que vem acontecendo nas escolas americanas, não é?). O seriado "Os Simpsons" tem um episódio que ilustra a política de meritocracia falsa que foi aplicada nos USA e está sendo aplicada no Rio de Janeiro desde que este governo assumiu a prefeitura, onde os alunos são treinados para responder as provas do governo, que dirão se a escola atingiu as metas estabelecidas, gerando um prêmio em dinheiro para os professores pelo mérito (!). No episódio, os alunos fracos são retirados da escola para não realizarem as provas e não diminuírem a nota da escola! Qualquer semelhança não é mera coincidência!

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