História da Ilha Grande A REPÚBLICA e as COLÔNIAS PENAIS


Após a proclamação da República em 1889, o Lazareto - Enseada do Abraão - passou por reformas (diga-se de passagem, um curto intervalo de tempo após a sua inauguração, uma rápida deteriorização - fato devido à grande velocidade de sua construção). Foi nessa reforma que foi construído o aqueduto (um duto ou canal para transporte de água - ainda existente) com vazão de mil litros por hora.

Em 1903, foi instalada oficialmente a Colônia Penal de Dois Rios que serviu de presídio a pessoas julgadas por crimes comuns.


A construção da Estrada Abraão - Dois Rios

Construção do cais do Abraão

Presídio de Dois Rios


Em 1940, o Lazareto foi outra vez reformado e modificado para transformar-se em presídio - Colônia penal Cândido Mendes que recebeu os presos comuns que estavam na Colônia de Dois Rios, a fim de que essa última abrigasse os presos políticos da 2a Grande Guerra Mundial. Essas transferências foram devidas ao fato de que a Ilha de Fernando de Noronha , na qual estavam sendo aprisionados os presos políticos, foi cedida ao Governo americano para utilização como base Aéro-Naval. Paralelamente à reforma do Lazareto e à de Dois Rios, em 1940, foi iniciada a construção da estrada que liga Abraão a Dois Rios. A construção foi feita com mão de obra dos presos comuns. Tratores foram transportados por navios da Marinha .

O Lazareto abrigou os presos comuns até 1954 quando então foram transferidos de volta para Dois Rios que também mudou de nome para Cândido Mendes. Depois disso o Lazareto foi demolido por ordem de Carlos Lacerda, que na época era Governador do Estado. O aqueduto foi a única coisa que restou inteira.


É sabido também que políticos, espiões , colaboradores de governos estrangeiros e célebres escritores passaram períodos de suas vidas na Colônia de Dois Rios. Alguns acabaram estabelecendo-se definitivamente na Ilha, outros deixaram para a posteridade, em seus livros, as amargas recordações do cativeiro. Dentre eles estão Graciliano Ramos e Orígenes Lessa (escritores) e os revolucionários, Flores da Cunha, Agildo Barata e outros mais.

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