Moradores de favela voltam a fechar a Radial Oeste em protesto contra derrubada de casas...
Moradores da Favela do Metrô, na Mangueira, voltaram a fechar a Avenida Radial Oeste na noite desta terça-feira. Um grupo de cerca de 50 pessoas - a maioria delas crianças e adolescentes - interditou a via no sentido Zona Norte, em protesto contra a derrubada de casas e a falta de coleta de lixo na comunidade. Eles fizeram barricadas com madeiras, entulhos e pneus, e colocaram fogo nos objetos. Manifestantes jogaram pedras contra os PMs e um carro dos Bombeiros também foi atingido.
- Hoje, tiraram a gente de dentro de casa, jogaram pertences e documentos na rua. Só queríamos que a prefetura cumprisse o que foi prometido - Renata André de Araújo, de 27 anos, diarista e moradora da favela do Metrô.
- Quebraram um armário do meu filho porque foram fazendo tudo de qualquer jeito. Eles não estão deixando nem os moradores retirarem os móveis - protestou Maria do Socorro da Silva, vendedora, 55 anos.
Mais cedo, pela manhã, outra manifestação na avenida, pelo mesmo motivo, deu um nó no trânsito do Centro. Cerca de 60 pessoas interditaram parcialmente a Radial Oeste nos dois sentidos. O grupo chegou a entrar em confronto com PMs, que atiraram bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar os manifestantes. O ato, que começou por volta de 9h45m, terminou no fim da manhã com uma pessoa detida. Segundo a PM, o suspeito aproveitou a confusão para furtar celulares.
A prefeitura informou que os manifestantes são invasores de casas cujos proprietários já foram indenizados e que serão demolidas para dar espaço ao Polo Automotivo Mangueira. Os moradores da comunidade reclamavam, na noite de ontem, que a prefeitura não pagou o aluguel social prometido, e também começou a remoção de quem vivia nas casas à força.
A prefeitura vai construir no local o Polo Automotivo Mangueira. Com orçamento de R$ 30,5 milhões, o projeto, segundo a Secretaria municipal de Habitação, vai construir 96 lojas, entre oficinas, bares, lanchonetes, mercados e padarias, e parque com ciclovia e equipamentos de lazer. Segundo a prefeitura, 637 famílias viviam na favela e foram contemplados com imóveis do Programa Minha Casa, Minha Vida.
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