PMs são acusados de morte na UPP de Manguinhos, e reconstituição será feita no dia 10


Paolla Serra

Cinco policiais da UPP de Manguinhos, na Zona Norte, foram indiciados nesta quinta-feira pela morte de Paulo Roberto Pinho de Menezes, de 18 anos, na madrugada de 17 de outubro deste ano, na comunidade. Laudo da Polícia Civil constatou que o jovem foi assassinado por asfixia mecânica. A Cooordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) afirmou, à época, que Paulo Roberto desmaiou ao ser abordado pelos policiais da UPP, e que antes disso o rapaz teria usado drogas. Agora, para dar continuidade às investigações, a polícia fará uma reconstituição do caso, no dia 10 de dezembro.

A intenção é saber o que cada policial fez durante a abordagem. Outras testemunhas que estavam no local serão ouvidas. Ainda será feito novo exame para apurar o que motivou o desaparecimento dos vestígios de droga no corpo do jovem: testemunhas afirmaram que ele usou cheirinho da loló antes de ser abordado pelos PMs.
Para o delegado José Pedro Costa, responsável pela investigação feita pela 21ª DP, será o momento para colocar os policiais da UPP novamente no local do crime.

- A conclusão do inquérito foi baseada em cima dos laudos periciais do IML. São provas técnicas, que nos permitem afirmar que a morte ocorreu em decorrência de asfixia mecânica - afirmou o delegado.
Segundo a CPP, os cinco policiais envolvidos na morte do jovem foram afastados dos serviços operacionais desde 18 de outubro, dia seguinte ao da ocorrência. Além do inquérito aberto pela 21ª DP, há uma investigação em curso por determinação do coordenador de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas.

Na última segunda-feira, homens armados atacaram a UPP de Manguinhos em dois pontos diferentes. Policiais foram surpreendidos na localidade da Coreia, onde houve troca de tiros. Ao mesmo tempo, um contêiner da unidade foi alvo de tiros. Ninguém se feriu.


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