Fonte: AGÊNCIA DE REPORTAGEM E JORNALISMO INVESTIGATIVO
Depoimentos de moradores da comunidade carioca invadida pelo Bope na última segunda-feira, 24/6, traçam um quadro de abuso extremo e violência policial.
01.07.13 Por Marianna Araujo e Vitor Castro
Noite de segunda-feira, dia 24, um grupo não identificado efetuou um roubo na Avenida Brasil, via expressa localizada na zona norte do Rio de Janeiro, no limite do conjunto de favelas da Maré. Segundo a polícia, houve um “arrastão” na avenida, e o grupo teria corrido para a Maré pela Rua Teixeira Ribeiro, um dos acessos mais movimentados da favela. O Batalhão de Operações Policiais Especiais da Polícia Militar, o Bope, iniciou uma incursão na favela em resposta aos roubos, segundo a versão oficial. Durante a operação, um sargento do Bope, Ednelson dos Santos, foi baleado e morto.
A partir daí, os moradores contam ter testemunhado cenas de terror. “Por volta das sete horas da noite eu já soube que um rapaz tinha sido baleado. E até de manhã ainda tinha tiro. Foi a madrugada toda de tiro”, afirma Bira Carvalho, fotógrafo e morador da comunidade.
Bira é uma liderança da favela e durante todo o dia de quarta-feira permaneceu nas ruas, constantemente acionado por moradores que relatavam casos de violência, abusos e extorsão. “O que eu ouvi foi sobre a brutalidade do Estado, o desrespeito, as casas invadidas. As pessoas foram mortas em casa. A morte de um policial gerou uma chacina aqui”, relata o fotógrafo.
“O que aconteceu aqui foi uma coisa inédita. Foi uma arruaça. Muito tiro. Um dos policiais viu uma vizinha que estava na janela, parou na porta dela e gritou ‘tu não vai sair não né, sua piranha? Se eu subir ai vou botar tu pra mamar’. Eles passam um medo muito grande. As crianças ficam aterrorizadas”, conta o morador W., que preferiu não ser identificado.
Uma senhora – que também preferiu não se identificar – teve o filho, pedreiro, atingido nas costas. Ele foi baleado ao retirar uma criança que da janela observava o tiroteio. Eram cerca de nove horas da noite. “Nós mesmos socorremos ele. A gente não sabe de onde veio o tiro”, diz a mãe. “A gente ficou esperando um tempo em casa para poder sair. Ele perdeu muito sangue. O confronto continuou e a gente saiu no meio do tiroteio pra ir para o hospital”. A irmã do rapaz atingido, assustada, teve que entrar em casa correndo.
“A hora que eles entraram aqui foi muito errada. Justamente na hora que todo mundo chega do trabalho”, ela explica, enquanto a vizinha que acompanhava a conversa deixa claro o medo e terror a que são submetidos os moradores: “A gente tem que ficar quietinho em casa. Trancado. Porque não tem bala perdida. É só bala achada. Eu dormi com meu portão aberto porque eu fiquei com medo de ir lá fechar. Subi, apaguei as luzes e fiquei só rezando”.
C. também voltava pra casa com a mulher. Estavam de carro e tentaram entrar por um acesso que parecia mais tranquilo. “Quando eu entrei na favela o caveirão entrou atrás. Só escutei o barulho das balas quebrando o vidro. O tiroteio começou depois que eu fui baleado”, diz ele. A sua mulher explicou que assim que entraram vieram tiros do caveirão e o marido deitou-se sobre ela para protegê-la. “Na minha direção veio logo um tiro. Eu vi o tiro sair no vidro da frente, ia vir na minha nuca. Quando eu levantei, vi que ele já estava no chão atingido. Todos os tiros entraram pela traseira do carro, vieram do caveirão. Eu desci, fiquei pedindo socorro, botei a mão pro alto e fui na direção deles dizendo que era trabalhador pedindo socorro. Eles não saíram para socorrer ele. Puxaram o caveirão e um carro conseguiu passar pra socorrer”. C. ficou no hospital até a tarde de terça-feira, quando a equipe médica disse que não seria possível retirar a bala. Após ser liberado do hospital, ele deveria procurar o posto de saúde da região para realizar curativos. Chegando lá a família descobriu que não havia material para curativos. Tiveram que comprar. A família guardou fotos do carro e pretendia dar queixa do ocorrido.
‘FOI A PIOR OPERAÇÃO QUE JÁ VI NA MINHA VIDA’
Na tarde de terça-feira, menos de 24 horas depois da entrada da polícia na favela, o número oficial de mortos já era de nove pessoas. E muito mais gente sofreu, como destaca o fotógrafo Bira: “Não é só a morte de pessoas. É o descaso, a forma de tratar o morador, são os palavrões gritados aqui. A violência mais evidente acaba sendo as mortes, mas a violência que acontece aqui dentro é generalizada, é psicológica, é o medo que marca pra vida toda. Marca na alma, mais do que fisicamente”, diz.
Uma mobilização reuniu 500 pessoas em passeata e, no fim do dia, as forças policiais se retiraram da favela e assumiram o compromisso de não realizar mais nenhuma incursão naquela noite. Parte da Maré entrou na segunda noite sem luz, pois transformadores foram atingidos por tiros. Muitas casas estavam também sem internet. A energia só voltou por volta das 11 horas da quarta-feira, dia 26.
Embora não more mais na Maré, Eliana Sousa é outra liderança da comunidade. Dirige uma organização de atuação local, foi criada lá e já foi presidente da associação de moradores. Ela chegou ao local na terça-feira pela manhã. “Eu já sabia que tinha morrido um policial e eu pude ouvir na rua coisas como ‘a gente só sai daqui quando matar muito’. Fui ficando assustada porque na realidade eles estavam revoltados com a morte e isso gerou uma indignação que eles não controlaram”, diz.
Os relatos de casas invadidas, colhidos pela reportagem da Pública, são muitos. “Foi um terror. Eu sou nascida e criada nessa rua. Nunca vi um terror assim. Ninguém podia sair de casa nem pra comprar pão. Foi a pior operação que eu já vi na minha vida”, resumiu uma moradora que, como a maioria, pediu para não ser identificada.
Ela é vizinha de M. que teve a porta derrubada e a casa invadida por policiais no início da madrugada. Os 15 homens ficaram até o dia amanhecer – sua laje foi usada como base durante a operação, ela explica. “Quando chegou lá em cima falaram pro meu filho e pro meu genro ‘se eu achar qualquer coisa eu vou matar vocês’. Quando desceram me mandaram fechar a porta. Eu perguntei ‘que porta eu vou fechar? Eu sou assalariada, como eu vou fazer com a porta’? Ele tirou R$ 180 e me deu. Mas a porta nova foi R$ 380″, conta, dizendo não ter como reclamar do abuso. “Conforme eles puxavam a arma, eles batiam foto dos meninos daqui de casa. Tiraram fotos da gente. Então, eu vou denunciar pra quê?”.
Outra moradora conta que a casa foi invadida enquanto ela e o filho de 17 anos dormiam. “Eram 8 horas da manhã. Tiraram meu filho da cama. Meu filho tem problema psiquiátrico e tava dormindo. Aí ele disse ‘isso é vagabundo’. E começou a gritar: ‘cadê o laudo dessa porra?’. Eu disse pra ele ‘vocês estão fazendo o papel de vocês, mas tem que ser dentro da lei. Invadiram a minha casa, sem mandado, sem nada, nenhuma denúncia’. Bagunçaram tudo. Mandaram acordar todo mundo. Mas não levaram nada. Sei que teve casa que levaram 300 reais. Ninguém dormiu aqui a noite toda. 5 horas da manhã ainda estavam dando tiro”, conta. “Vi eles xingando professores na rua, querendo tirar o celular da mão deles. Xingando com nomes horríveis. Porque eles estavam quebrando carros na rua e os professores filmando. Isso eu estava vendo”, conta X., indignada.
Caminhando pelas ruas, a reportagem encontrou E., que recolhia dinheiro com vizinhos para completar o pagamento do enterro do filho de 21 anos que custou R$ 2700. “Ele trabalhava vendendo salgado e na serralheria comigo. Estava abrindo a loja para pegar os salgados e foi atingido”, afirma o pai. Na outra esquina amigos imprimiam camisas na hora com a foto do garoto assassinado como forma de homenageá-lo. “A gente se sente é oprimido e humilhado. Eu pensei até em fazer uma besteira. Encher um saco de pedra e da passarela atirar na primeira viatura que passasse, mas depois eu pensei que podia acertar alguém”, diz E.
Para Eliana esse cenário de terror ainda persiste porque a ideia de que o Bope vai para a favela resolver uma situação de guerra se generalizou. “É aí que a gente vê que o Bope não é uma polícia preparada para isso, porque ela é preparada para situações limite, de guerra. O contexto da favela é complicado, mas há que se pensar formas inteligentes de se atuar, identificando quem comete atos ilícitos e não julgando todos que nela residem. A polícia tem que garantir segurança para as pessoas, investigar crimes. Uma polícia que pega uma pessoa cometendo ato ilícito, ela mesmo julga essa pessoa e dá como condenação a morte é inaceitável”, afirma.
MARÉ DE TERROR
História da Ilha Grande A INDÚSTRIA PESQUEIRA
A pesca é uma atividade econômica que ocupa grande parte da população da Ilha. Os principais núcleos são : Provetá, Araçatiba, praia Vermelha, Matariz , Longa e Aventureiro. Exceto o Abraão e algumas praias “particulares”, a maioria das comunidades é de núcleo de pescadores.
Na década de 30, iniciou-se o processo de salga de peixe realizado por imigrantes japoneses, embora a introdução do processo tenha sido feita por imigrantes gregos.
Até a década de 70 existiam na ilha cerca de 10 fábricas de salga de peixe, sardinhas prensadas e em lata. Foi quando iniciou-se o declínio e várias antigas fábricas estão hoje transformadas em pousadas. Em décadas anteriores, essas indústrias eram em número bem maior.
Atualmente, a pesca vêm passando por um período de queda na sua produção, problema ocasionado pela presença da pesca predatória realizada por barcos arrastões que nada deixam escapar das redes, além de dificuldades na comercialização.
Black blocs são politizados e expressam revolta contra injustiças sociais, diz pesquisador
Fonte: RBA
Estudioso dos jovens mascarados, Francis Dupuis-Déri defende que a tática é uma reação à violência policial, e nasceu na Alemanha de 1980 da convicção de que é preciso ir além das passeatas.
São Paulo – “É preciso perturbar e reagir quando a polícia ataca o povo.” Essa é uma das explicações que o cientista político Francis Dupuis-Déri elaborou sobre os black blocs durante os mais de dez anos em que estuda a tática dos jovens mascarados que se infiltram nas manifestações populares para atacar símbolos do capitalismo. “Apenas uma ínfima parcela da elite controla os negócios globais. Existe um sério déficit democrático no mundo. As pessoas estão revoltadas e consideram que já não basta se manifestar pacificamente.”
Professor da Universidade de Québec em Montreal (Uqam), no Canadá, Dupuis-Déri conversou com a RBA por e-mail. Respondeu a perguntas sobre a origem histórica dos black blocs, na Alemanha Ocidental, nos anos 1980, e sobre como tem sido a repressão à tática em outros lugares do mundo. Na entrevista, ficamos sabendo que os governos de São Paulo e Rio de Janeiro não foram os únicos a ferir as liberdades civis na tentativa de reprimir o descontentamento dos black blocs. “Os conflitos políticos se polarizam e o Estado age de maneira burra, através da repressão policial e da detenção dos dissidentes.”
Dupuis-Déri é autor de Les Black Blocs, já na terceira edição, e Who's Afraid of the Black Blocs? Anarchy in Action Around the World, que pode ser traduzido como Quem tem medo dos black blocs? Anarquia em ação ao redor do mundo. Embora à distância, tem olhado com atenção para as recentes movimentações dos black blocs no Brasil e no Egito. E não parece surpreso com a multiplicação da tática ao redor do mundo. “O black bloc é facilmente reproduzível”, diz, ressaltando um dos problemas do grupo: a infiltração. “Na Alemanha, neonazistas organizam black blocs dentro de suas próprias manifestações.”
O que é o black bloc? Um movimento? Uma tática? Uma performance?
Black bloc é simplesmente uma tática, uma maneira de se organizar dentro de uma manifestação. Consiste em se vestir de preto para garantir um certo anonimato. Pelo que conheço, a maioria dos black blocs desfilam com calma nas manifestações. A simples presença deles forma, de certa maneira, uma bandeira preta, símbolo do anarquismo. Vale lembrar que os sindicatos fazem coisa semelhante quando se manifestam: eles se agrupam atrás de faixas, com bandeiras, para que todos os seus membros andem juntos. Nesse sentido, com o black bloc é a mesma coisa.
Quando, como, onde e por que surgiram os black blocs?
O black bloc como forma de ação – ou seja estar vestido de preto e mascarado – surgiu na Alemanha Ocidental por volta de 1980. A tática apareceu dentro do movimento “Autonomen”, que organizava centenas de ocupações políticas e lutava contra a energia nuclear, a guerra e os neonazistas. Os black blocs alemães defendiam as ocupações de prédios contra as expulsões da polícia e se confrontavam com os neonazistas nas ruas. A estratégia black bloc se propagou no Ocidente através da música anarcopunk e de grupos antirracismo. A ampla cobertura midiática das manifestações antiglobalização de Seattle, nos Estados Unidos, em 1999, também contribuiu para a difusão da tática, assim como a internet o faz hoje. A questão, aqui, é que o black bloc é facilmente reproduzível.
O que justifica o surgimento dos black blocs em países da Europa e nos Estados Unidos, onde as necessidades básicas da maioria dos cidadãos, ao contrário do que ocorre no Brasil, já estão atendidas?
No Ocidente, os black blocs se mobilizam há pelo menos 15 anos durante grandes encontros do G8, G20, FMI etc. E dentro do chamado movimento altermundialista (famoso pelo slogan “outro mundo é possível”, cunhado pelo Fórum Social Mundial). Muitos black blocs consideram que a ideologia neoliberal e o capitalismo são responsáveis pelas desigualdades, injustiças e a destruição do planeta. Além disso, essas grandes cúpulas internacionais demonstram que apenas uma ínfima parcela da elite controla os negócios globais e que, consequentemente, existe um sério déficit democrático no mundo. Por fim, a repressão aos movimentos sociais no Ocidente cresceu nos últimos 15 anos. Em países como a Grécia, a situação econômica é catastrófica. Por essas e outras razões, as pessoas estão revoltadas e consideram que já não basta se manifestar pacificamente: é preciso perturbar e reagir quando a polícia ataca o povo.
Que ideologia norteia a atuação dos black blocs?
Não existe “um” black bloc, mas sim “os” black blocs, que são distintos em cada manifestação. De maneira geral, quem mais participa desses grupos são anarquistas, anticapitalistas, feministas radicais e ecologistas. Segundo minhas pesquisas, os black blocs são geralmente compostos por indivíduos com uma forte consciência política.
Os black blocs são de esquerda ou de direita? É possível defini-los nestes termos?
Principalmente de esquerda e sobretudo de extrema-esquerda. Mas, como o black bloc é reconhecido principalmente pela aparência, pela roupa preta, fica fácil imitá-lo. Já há alguns anos, na Alemanha, país onde surgiu a tática, neonazistas organizam black blocs dentro de suas próprias manifestações. É uma apropriação, uma deturpação.
É possível fazer algum paralelo entre os black blocs e o ludismo do século 19?
De certa maneira, podemos sim fazer um paralelo. Muitos pensam que os ludistas, que destruíam as maquinas têxteis na Inglaterra no século 19, eram apenas românticos contrários ao progresso. Mas, no fundo, eles defendiam um modo de vida comunitário contra o desenvolvimento tecnológico e econômico que mais tarde viria a perturbar profundamente suas vidas. Tudo em nome do lucro de alguns poucos privilegiados. Certamente, essa ideia existe dentro dos black blocs. Há muitos ecologistas radicais que aderem à tática, e suas ações diretas são motivadas pela convicção de que o capitalismo, o desenvolvimento desmesurado e o consumismo vão destruir a vida no planeta.
Por que os black blocs adotaram o vandalismo como estratégia?
Muitos movimentos sociais contam com grupos mais combativos. Isso se aplica, por exemplo, para os movimentos indígenas e alguns grupos sindicais. É importante lembrar que os black blocs não são os únicos que procuram destruir bancos. Durante a crise de 2001, na Argentina, lembro de ter visto mulheres da classe média, de aproximadamente 50 anos, atacarem vitrines de bancos com martelos, porque elas acabavam de perder todas suas economias. Era uma maneira significativa de expressar sua revolta. Ao longo dos séculos, muitas vezes, pessoas arruinadas por dívidas pesadas queimaram bancos e tribunais – onde se mantinha o registro das dívidas. Foi o que aconteceu nos Estados Unidos depois da independência. Como outras pessoas, os black blocs pensam que é preciso mais que manifestações calmas e pacíficas para realmente perturbar a ordem das coisas e expressar uma revolta legítima contra instituições que destroem suas vidas. Os bancos são uma delas.
Em que sentido atentar contra símbolos do capitalismo (bancos, lojas de automóveis etc.) pode ajudar a superar a ordem capitalista?
Algumas pessoas se manifestam com um cartaz “Foda-se Capitalismo!”. Isso não detém o capitalismo, mas é uma mensagem, uma crítica pública. A ação do black bloc é a mesma coisa, só que mais radical, mais combativa. O alvo é a mensagem. Os críticos dos black blocs frequentemente relatam danos e quebradeiras contra pequenos comércios e usam esse fato para qualificar a tática como violência gratuita e apolítica. Ora, segundo minhas pesquisas, 99% dos alvos têm um significado claramente político: bancos, grandes empresas, grupos privados de mídia, edifícios do governo e da polícia. Mesmo quando um pequeno comercio é alvo, é preciso ser paciente e buscar alguma explicação. Frequentemente, nas semanas seguintes, ficamos sabendo que, por exemplo, era uma represália contra comerciantes que colaboraram com a polícia durante uma manifestação, ou pequenos empresários que costumam a maltratar seus funcionários.
No Brasil, os black blocs apareceram com mais força durante as manifestações de junho. Tanto à esquerda quanto à direita, poucas são as vozes que contestam publicamente essa desumanização dos black blocs. Esse processo de condenação social também foi visto em outros países onde os black blocs atuam há mais tempo? Pode citar alguns exemplos?
No Ocidente, a repressão da polícia contra movimentos sociais progressistas vem crescendo nos últimos 15 anos. Durante a greve estudantil de 2012, no Canadá, mais de 3.500 pessoas foram presas apenas na cidade de Québec. (Québec tem apenas 7 milhões de habitantes e a greve durou 10 meses) A maioria das prisões ocorreu durante manifestações pacíficas. Ao todo, ao longo de toda a greve, apenas algumas vitrines foram quebradas. Nada que justifique tamanha repressão.
Na cidade de Montreal e na cidade de Québec, a legislação municipal também foi modificada para proibir máscaras e obrigar os manifestantes a fornecer antecipadamente o trajeto do protesto. Um militante fantasiado de panda foi preso e teve a cabeça de sua fantasia arrancada. Em um dos meus livros, À qui la rue? Répression policière et mouvements sociaux (A quem pertence a rua? Repressão policial e movimentos sociais, em tradução livre), contabilizei mais de 10 mil detenções contra o movimento altermundialista desde as manifestações de Seattle, nos Estados Unidos, em 1999. As leis antiterroristas editadas após 11 de setembro de 2001 são usadas para criminalizar todo tipo de dissidência. Os conflitos políticos se polarizam e o Estado age de maneira burra, através da repressão policial e da detenção dos dissidentes.
Como a esquerda (movimentos sociais, partidos políticos e intelectuais) costuma reagir à aparição dos black blocs?
Os black blocs parecem não ter muitos amigos. Muitas vezes, os porta-vozes das organizações progressistas, como sindicatos, denunciam os black blocs, dizendo que eles se “infiltram” em “suas” manifestações e que eles só querem “quebrar tudo”. Pessoas de esquerda justificam dessa maneira a repressão e a criminalização da dissidência. Denunciando a “violência”, eles esperem ganhar uma imagem respeitável. Vimos isso em todas as manifestações do movimento altermundialista, desde Seattle, em 1999, até o encontro do G20 em Toronto, no Canadá, em 2010. O problema é que essas forças progressistas praticamente não acumulam ganhos nos últimos 15 anos. Pior, é a direita quem está na ofensiva em todas as partes, e a esquerda recua – pelo menos na Europa e nos Estados Unidos.
A esquerda mais institucional e “respeitável” frequentemente precisa da turbulência e da combatividade da extrema-esquerda para suas manobras no campo político. Na Itália, um grupo contra a construção de um trem de alta velocidade (Movimento No TAV) aplaudiu em Turim um porta-voz que declarou “somos todos black blocs”. No Brasil, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe-RJ) declarou recentemente apoio e solidariedade aos black blocs. Vemos regularmente testemunhos de manifestantes que não participam dos black blocs, mas que concordam com a tática e inclusive já foram protegidos por eles dos ataques da polícia. Vimos isso em Seattle e no Québec durante a greve de 2012, assim como em outros lugares. Muitos sabem também que os black blocs ilustram um elemento importante dos movimentos de contestação. Para alguns, os black blocs são uma “imagem do futuro”.
Tradução: Delphine Lacroix
Por que o senhor atirou em mim? Quem vai responder a pergunta do Douglas?
Fonte: Negro Belchior
Por Douglas Belchior
Douglas Rodrigues podia ser meu aluno. Cursava o terceiro ano do ensino médio e trabalhava em uma lanchonete. Tinha só 17 anos. Nesta segunda (28), passava com o irmão de 13 anos em frente a um bar quando foi abordado por policiais, quando sofreu um disparo certeiro no peito. “Por que o senhor atirou em mim?”, teria perguntado ao PM, segundo a mãe, Rossana de Souza. Douglas foi levado a um hospital da região, mas não resistiu.
Os agentes averiguavam uma suposta denúncia de “perturbação de sossego”, segundo o Boletim de Ocorrência, por conta do som de um carro que tocava funk. “Ele deu o tiro dentro do carro. Não falou nada, não teve nem reação”, disse uma testemunha. Já o policial afirmou que o tiro foi acidental. Ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
A equipe da Coordenação de Juventude, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos da cidade de São Paulo está em contato com a família e informou que oferecerá todo o apoio e orientação.
RJ: Estudante presa relata a situação subumana dos presos políticos em entrevista exclusiva
Publicado em 16/10/2013
Jornal A Nova Democracia — Na noite de ontem, 50 mil pessoas se reuniram no Centro do Rio em mais um protesto em apoio à greve dos educadores do estado e do município. A manifestação no dia do mestre foi marcada por cenas de extrema violência policial, incluindo o uso de bombas de gás lacrimogêneo com data de validade expirada e disparos de tiros de munição letal que deixaram um manifestante baleado no ombro. Os manifestantes resistiram bravamente e enfrentaram as tropas de repressão do velho Estado. Enquanto PMs disparavam a esmo tiros de munição letal, bombas de gás e efeito moral e até pedras, manifestantes se defendiam com escudos de alumínio e madeira, pedras, paus e morteiros.
Ao fim da manifestação, 175 que pessoas que estavam sentadas nas escadarias da Câmara Municipal foram presas arbitrariamente e amontoadas em cinco ônibus. Ao menos 39 permanecem presas em penitenciárias estaduais. A ocupação da câmara foi desfeita sem nenhuma ordem judicial, barracas foram quebradas e pertences de manifestantes foram confiscados pelos agentes de repressão. Entre os presos, estavam fotógrafos — entre eles, Ruy Barros do Jornal Zona de Conflito — professores, moradores de ruas e pessoas que passavam pelo local. Todos foram levados para ao menos sete delegacias diferentes e enquadrados em diversas tipificações penais. Na tarde de hoje, eles conversaram com a colaboradora de AND, Vik Birkbeck conversou com alguns deles no Instituto Médico Legal.
A Nova Democracia traz agora entrevista exclusiva com a estudante Gabriela Leone, presa no cerco arbitrário à Câmara de Vereadores e solta na noite de ontem. Ela contou a maneira desumana como os presos foram mantidos, submetidos a todo tipo de humilhação por parte dos agentes de repressão do Estado fascista. "Estava tudo planejado", disse a estudante, que no fim da entrevista, enfatizou: "Temos que continuar ocupando as ruas!"
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Para comprar MTV, Igreja Mundial pede para fiéis fingirem doença
Fonte UOL
Por DANIEL CASTRO, em 28/10/2013 · Atualizado às 06h00
Em carta encontrada em uma sala do templo da Avenida João Dias, na zona sul de São Paulo, a Igreja Mundial do Poder de Deus pede a fiéis para se "passarem por enfermos curados, ex-drogados e aleijados" e assim "conseguir convencer mais pessoas a contribuírem financeiramente para a aquisição do canal 32".
O canal 32 é uma concessão do Grupo Abril, usada até 30 de setembro para transmitir a programação da MTV Brasil em sinal aberto. Estaria à venda por R$ 500 milhões.
A carta, reproduzida abaixo, chama a atenção pelo "pragmatismo". Os interessados não precisam comprovar que tiveram alguma doença. Necessitam apenas ter disponibilidade para viajar "para dar seu testemunho de consagração e vitória". Recompensa-se o esforço com "uma ajuda de custo".
A carta tem um espaço em branco para o preenchimento do nome do bispo local, mas diz que se trata de um "pedido feito diretamente pelo apóstolo Valdemiro Santiago a todos os seus fiéis". Pede-se a destruição da carta após sua leitura.
A carta obtida pelo Notícias da TV é uma impressão simples, embora colorida. Havia algumas dezenas delas na sala em que foram encontradas.
A Igreja Mundial do Poder de Deus passa por grave crise financeira. Devendo entre R$ 13 milhões e R$ 21 milhões para o Grupo Bandeirantes, perdeu a locação de 23 horas diárias da Rede 21 e de três horas diárias nas madrugadas da Band. O espaço será ocupado justamente por sua principal rival, a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo.
Ontem, em culto transmitido pela TV, o apóstolo Santiago praticamente se despediu da Rede 21 e convocou seus fiéis da Grande São Paulo a segui-lo pelo canal 25, de cobertura muito fraca.
A igreja vem fazendo intensa campanha para viabilizar seu projeto de televisão. Pede "ofertas de R$ 100,00" durante a transmissão de cultos.
O Notícias da TV tentou durante duas semanas uma entrevista com alguma autoridade da Igreja Mundial. Na semana passada, a igreja se limitou a informar que o bispo Jorge Pinheiro, segundo na hierarquia interna, declarou que "a informação não procede".
Veja a carta:
História da Ilha Grande A REPÚBLICA e as COLÔNIAS PENAIS
Após a proclamação da República em 1889, o Lazareto - Enseada do Abraão - passou por reformas (diga-se de passagem, um curto intervalo de tempo após a sua inauguração, uma rápida deteriorização - fato devido à grande velocidade de sua construção). Foi nessa reforma que foi construído o aqueduto (um duto ou canal para transporte de água - ainda existente) com vazão de mil litros por hora.
Em 1903, foi instalada oficialmente a Colônia Penal de Dois Rios que serviu de presídio a pessoas julgadas por crimes comuns.
Em 1940, o Lazareto foi outra vez reformado e modificado para transformar-se em presídio - Colônia penal Cândido Mendes que recebeu os presos comuns que estavam na Colônia de Dois Rios, a fim de que essa última abrigasse os presos políticos da 2a Grande Guerra Mundial. Essas transferências foram devidas ao fato de que a Ilha de Fernando de Noronha , na qual estavam sendo aprisionados os presos políticos, foi cedida ao Governo americano para utilização como base Aéro-Naval. Paralelamente à reforma do Lazareto e à de Dois Rios, em 1940, foi iniciada a construção da estrada que liga Abraão a Dois Rios. A construção foi feita com mão de obra dos presos comuns. Tratores foram transportados por navios da Marinha .
O Lazareto abrigou os presos comuns até 1954 quando então foram transferidos de volta para Dois Rios que também mudou de nome para Cândido Mendes. Depois disso o Lazareto foi demolido por ordem de Carlos Lacerda, que na época era Governador do Estado. O aqueduto foi a única coisa que restou inteira.
É sabido também que políticos, espiões , colaboradores de governos estrangeiros e célebres escritores passaram períodos de suas vidas na Colônia de Dois Rios. Alguns acabaram estabelecendo-se definitivamente na Ilha, outros deixaram para a posteridade, em seus livros, as amargas recordações do cativeiro. Dentre eles estão Graciliano Ramos e Orígenes Lessa (escritores) e os revolucionários, Flores da Cunha, Agildo Barata e outros mais.
ATENÇÃO: CARTA DENÚNCIA
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“ Não vai se não for à força e nem vai se a força não for a nossa”. Brecht
Pela presente, nós profissionais da educação das redes estadual e municipal do Rio de Janeiro, estabelecemos um breve histórico de ações equivocadas de parte significativa da direção do sepe central, que culminou com a rendição da nossa categoria à negociação vergonhosa imposta pela intransigência dos governos estadual e municipal e acatada, subordinadamente e arbitrariamente, pela direção do nosso sindicato.
Citamos alguns dos fatos que fundamentam nossa posição:
12/08 – REDE ESTADUAL: direção não divulgou a reunião de negociação com o Pezão. A Categoria poderia ter ido, em peso, para pressionar o governo. Os poucos companheiros que souberam da reunião foram para o palácio acabaram massacrados pela polícia (sendo que alguns ficaram bastante feridos). Enquanto isso os membros da direção ficaram atrás dos policiais. Essa ação vergonhosa, foi amplamente divulgada através do Mídia Ninja (tendo cerca de 800 visualizações ao vivo). Por fim, enquanto os companheiros da base foram expulsos pela porta da frente, os membros da direção se retiraram covardemente pelos fundos.
14/08 - REDE ESTADUAL: Assembleia no Instituto de Educação não havia som no horário estabelecido. Quando finalmente o som chegou não houve tempo para as falas de avaliação.
14/08 - REDE MUNICIPAL (Ato ao Palácio da Cidade): Assim que concluímos o trajeto do Largo do Machado ao Palácio da Cidade, a Direção deu o ato por encerrado, sem resistir no local como de praxe em todos os atos.
23/08 - REDE MUNICIPAL- Uma assembleia extraordinária foi marcada no final de um ato, já esvaziado, com o objetivo de terminar com a greve,numa tentativa de manipulação do movimento.
26/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia extraordinária no Terreirão do Samba: Além de estarmos em espaço cedido pela prefeitura, a Direção do SEPE estava decidida a acabar com a greve em um dos momentos do seu auge para aprovar proposta rebaixada apresentada pelo governo.
30/08 - REDE MUNICIPAL: Assembleia na Fundição Progresso - o espaço foi reservado por tempo insuficiente, obrigando a categoria a se expor em praça pública. Não havia infraestrutura necessária (sem cobertura em dia de sol quente, sem carro de som e acomodações). A metodologia da votação deixou exposta a divisão da categoria resultando em mais manipulação.
14/09 - REDE ESTADUAL: Assembleia na Alerj: a direção alugou um carro de som pequeno, incompatível com a necessidade do espaço.
01/10 – REDE ESTADUAL: Assembleia tirou ato Unificado com o Município do Largo do Machado para o Palácio Guanabara seguindo para a Cinelândia. A direção do SEPE não levou a proposta de unificação para a Assembleia do Município e no dia do Ato desmobilizou a categoria da rede estadual para ir ao Palácio Guanabara. Por fim, o ato foi do Largo do Machado à Cinelândia.
AMBAS as REDES: A direção do SEPE em momento algum teve o cuidado de verificar se os calendários propostos em Assembleia eram compatíveis. As diversas atividades simultâneas impossibilitaram tanto a Unificação das Redes quanto a participação de professores com matrículas tanto do Município quanto no Estado.
30/09 – REDE MUNICIPAL: Os companheiros acampados na Câmara e sitiados pela polícia solicitaram apoio e ainda assim a Direção tentou manter o ato na prefeitura, abandonando os companheiros, por algum tempo, à exposição policial.
AMBAS as REDES: Por conta dos atrasos do Conselho Deliberativo, as Assembleias chegaram a ter duas horas e meia de atraso. Isso desmobiliza a categoria, tanto para ir às Assembleias quanto para se envolver no debate, valorizar as avaliações e participar até o final das discussões e votações.
AMBAS as REDES: Dos 48 diretores do SEPE Central que recebem licença sindical (ou seja, não dão aula para desenvolver as atividades do sindicato), poucos são conhecidos pela categoria. A maior parte desses diretores não está presente nas reuniões e mobilizações 15/10
AMBAS REDES: Repudiamos a negociação feita por diretores do SEPE com a Polícia, encerrando “oficialmente” o ato às 19h30, abandonando os companheiros do Ocupa Câmara (que tanto contribuíram com a ocupação dos professores) e tantos outros professores e militantes para serem presos e reforçando a fala da mídia de criminalização da legitima revolta popular que vivenciamos.
REDE MUNICIPAL: A direção Central não marcou nenhuma Assembleia extraordinária para discutir a ida a Brasília com a Rede Municipal
REDE ESTADUAL: Durante toda a Greve, a direção não produziu nenhum material mais desenvolvido sobre as questões da rede estadual.
AMBAS REDES: O site do SEPE não cumpriu seu papel de manter a categoria informada sobre todos os passos da greve. Diversas informações ou não foram para o site, ou foram com atraso. Sendo que algumas foram colocadas de forma a desmobilizar a categoria, como foi o caso do informe jurídico da liminar sobre o corte de ponto.
CARAVANA À BRASÍLIA A direção do SEPE Central não acatou a decisão em Assembleia do Estado da participação do Comando de Greve na mesa de negociação do STF. Além disso, a categoria não pode decidir sobre quais diretores participariam da reunião, tendo sido informada apenas após a chegada em Brasília. O roteiro colocado pela direção sequer incluiu o STF no ato realizado em Brasília, ficando essa mesma direção, a todo o tempo, preocupada em deixar a categoria distante fisicamente do local da reunião. A organização dos ônibus foi feita de tal forma, que boa deles foram vazios mesmo tendo pessoas querendo ir. Os ônibus foram alugados , inclusive, para saírem de Brasília antes do termino da audiência no Supremo! Isto, impossibilitou que a categoria, que enfrentou cerca de quarenta horas de viagem e arcou com todas despesas de alimentação, pudesse receber os informes imediatamente ao término da audiência. Por fim, a negociação realizada levou em conta apenas as punições arbitradas pelos executivos estadual e municipal e não a pauta das duas redes. Por todo o exposto acima nós repudiamos a Direção Central do SEPE/RJ pela sua postura de boicote sistemático aos movimentos grevistas de 2013, principalmente aos iniciados em 8 de agosto. Apresentamos ainda como propostas: Fim do aparelhamento de partidos ou organizações realizado na administração da nossa entidade . Solução imediata dos problemas de comunicação, ou seja, solucionar a postagem/atualização do site de forma precária; não comunicação por redes sociais (como Facebook); e falta de uma publicação regular (jornal ou revista)
Delegação dos profissionais de educação participantes da caravana à Brasília de 24/10/1013
FALTA APENAS UM E NINGUÉM FICARÁ PARA TRÁS!
BAIANO, O ÚLTIMO PRESO POLÍTICO DO DIA 15 DE OUTUBRO. Leia sua historia e descubra o porque dele ainda esta preso.
Jair Seixas Rodrigues é um ativista, membro da Frente Internacionalista dos Sem Teto (FIST). Militante político assíduo nas manifestações, é famoso por seu megafone que toca sirene e música de 'Titanic', participou das duas edições do Ocupa Cabral e do Ocupa Câmara Rio. Despojado, humilde e alegre, é uma pessoa simples, mas que em sua vida de ativismo social já viajou por mais de 20 países em todo mundo e fala inglês, francês, espanhol e norueguês.
Quando houve o terremoto no Haiti, participou como voluntário da missão humanitária e carregou corpos das vítimas. Viajou à África do Sul para conhecer mais sobre a vida de Nelson Mandela. Já esteve nos Estados Unidos e viveu na Europa. Em Salvador trabalhou com oficina de música para crianças de rua. Hoje trabalha incansavelmente em prol daqueles que não acesso à moradia devido à intensa especulação imobiliária no Rio de Janeiro.
Foi preso de forma completamente arbitrária no Centro da cidade no dia 15 de outubro, em meio a diversos advogados do DDH e fora da manifestação. Estava apenas caminhando e, ao se afastar um pouco, foi puxado por um grupo de policiais, como pode ser visto a partir dos 2:55 do seguinte twitcast: (Veja aqui)
Baiano estava sem identidade (retirada pela própria PM em outra oportunidade) e os PMs disseram que iam apenas levá-lo para 17ª DP para sarquear (verificar a existência de mandatos em seu nome) e liberá-lo depois. Ele foi levado então para a 5ª DP, onde lhe foi imputado um flagrante do crime de associação criminosa armada, sem o menor subsídio jurídico, pelo fato de ele ter sido supostamente visto no local em que uma viatura da polícia foi incendiada.
Jair foi detido várias outras vezes ao longo das manifestações, a primeira vez no fim do primeiro Ocupa Cabral. Ao insistir em manter sua barraca, inconformado com a forma arbitrária com que a ocupação estava sendo removida, foi preso. Nesse incidente, a polícia deteve todos seus documentos: identidade, passaporte, roubando-lhe toda comprovação de sua existência.
Desde então se tornou perseguido por policiais que certamente não aceitavam a sua postura convicta e corajosa de manter a cabeça erguida e sempre questionar a legitimidade dos policiais militares e de sua corporação. Provavelmente o fato de ser negro e se vestir de forma simples nunca ajudou policiais conservadores e preconceituosos a engolir os "desaforos" de um "qualquer". Destemido, Jair sempre assumiu a responsabilidade por todas suas ações e optava por não usar máscaras.
Apesar dele ter sido levado em “flagrante” fora de qualquer ação criminosa, entre as acusações absurdas que estão sendo feitas estão: associação criminosa armada, dano ao patrimônio público, desacato, resistência e desobediência.
Foi capa do jornal ‘O Globo’, na vergonhosa edição do dia 17 de outubro (veja aqui a postagem). Era citado no subtítulo como “BAIANO VOLTA À CADEIA”, apesar de ser réu primário. Associaram a ele o apelido fictício “Maconhão”, pelo qual ninguém o conhece. Disse-se que ele tinha sido preso por quebrar um carro da polícia, mas quebrou o carro se debatendo, após ser preso arbitrariamente.
Jair, Baiano, é um dos grandes guerreiros e símbolos das manifestações populares de 2013 no Brasil e sua prisão tem um enorme valor simbólico também para o Estado, que quer que alguém sirva de exemplo. Não podemos aceitar que ninguém seja preso por se manifestar em defesa de uma sociedade mais justa, muito menos um cidadão tão valoroso como Jair.
Pedimos a todos que puderem que divulguem a história deste nobre companheiro e pressionem pela sua libertação.
Este texto é livre para quem quiser usá-lo.
Liberdade para TODOS presos políticos!
NINGUÉM fica pra trás!
'Tiro acidental' de policial mata adolescente e gera protesto, diz PM
Fonte G1 SP
Um policial militar foi "autuado em flagrante delito por homicídio culposo (quando não há a intenção)" na tarde deste domingo (27) após efetuar um "tiro acidental" que atingiu um adolescente de 17 anos, na Zona Norte de São Paulo, segundo informações da Polícia Militar. O jovem foi socorrido e levado para o Hospital Jaçanã, onde morreu. O policial responderá a inquérito criminal.
O incidente gerou um violento protesto por parte de moradores da Vila Medeiros, que incendiaram três ônibus, atiraram pedras em veículos e destruíram lixeiras e telefones públicos. A Força Tática da PM precisou recorrer a bombas de gás lacrimogêneo e a disparos de balas de borracha para dispersar os manifestantes. Duas agências bancárias da Avenida Roland Garros também foram danificadas, além de um carro da polícia apedrejado. Por volta das 23h30, a polícia dissse que a situação no local havia sido controlada.
LISTA NEGRA!!
Agora no site a lista NEGRA! As empresas tentam enganar o consumidor de todas as maneiras! A avon teve a cara de pau de responder para um leitor que não tem o selo cruelty free pois não cabe na embalagem???!!!!! Não caim nesssa armadilhas! Agora no blog as listas para vcs boicotarem! Em breve lista do bem!
Click aquie veja a lista completa no site da Luisa Mell.
História da Ilha Grande O IMPÉRIO
O IMPERADOR DOM PEDRO II e O LAZARETO
Em meados século XIX , o Brasil vivia o império de Dom Pedro II. Foi quando surgiu a necessidade de se construir um novo lazareto (uma espécie de hospital para imigrantes), em lugar apropriado para abrigar viajantes e imigrantes portadores de cólera, normalmente contraída nos navios . Vários estudos vinham sendo elaborados nesse sentido quando o Imperador Dom Pedro II, no dia 5 de dezembro de 1863, fez sua primeira visita à Angra dos Reis. Em seu Diário de Viagem, que se encontra no Museu Imperial de Petrópolis, registrou com desenhos e textos a sua passagem pela Ilha Grande, não escondendo o seu encantamento pela singular beleza da Ilha. É possível que mais tarde, quando se decidiu o lugar onde deveria ser construído o lazareto, tenha prevalecido a sua vontade.
O Imperador visitou a Enseada das Palmas e em seguida a frota parou na enseada do Abraão e sua Majestade pernoitou na Fazenda do Holandês. Durante a sua estadia na Vila de Abraão, deu ao devoto Manuel Caetano de Lima uma esmola para a capela em construção ( a igreja na praça central ) cuja padroeiro é São Sebastião.
Em 1884, a Coroa adquiriu a fazenda do Holandês e logo em seguida, a de Dois Rios. A propriedade da fazenda do Holandês estava compreendida entre a praia Preta até a atual ponte de atracação do Abraão. Esta área ainda hoje é de propriedade do Governo Federal.
Na época, a Fazenda de Dois Rios pertencia à família Guimarães, tendo sido vendida à Coroa também em 1884. A propriedade da Fazenda de Dois Rios, estendia-se desde o Canto da praia de Santo Antônio, próximo a Lopes Mendes até o lugar denominado Mar Virado, perto da Parnaioca. Mais tarde foi adquirida outra área no lugar denominado Bica, próximo a ponta Grossa, ainda hoje propriedade do Governo.
Em 1884 começou a construção do Lazareto, obra que terminou em 1886 e contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da Vila de Abraão que foi elevada a distrito de Angra dos Reis em 9 de maio de 1891.
O funcionamento do Lazareto seguia o mesmo critério adotado pelos navios de passageiros com relação as classes de passageiros. Existiam pavilhões de 1as, 2as e 3as classes. Haviam restaurantes, armazéns para cargas e bagagens, laboratório bacteriológico, enfermaria e farmácia, além de belos jardins.
O imperador Dom Pedro II teve três passagens pelo Lazareto: Em abril de 1886, em agosto de 1889 e, logo em seguida na condição de prisioneiro onde aguardou o transporte que o levaria para o exílio.
O Lazareto funcionou de 1886 até 1913 tendo atendido 4232 embarcações, das quais 3367 foram desinfetadas.
De 1913 até aproximadamente meados da década de 30, o Lazareto permaneceu desocupado, voltou a ser usado até 1939 como alojamento pelos fuzileiros navais, por ocasião de manobras militares as quais reuniam cerca de 10 navios na enseada do Abraão. Naquelas noites, os fuzileiros se reuniam e agitavam a comunidade da Vila quando praticavam o “MARACATU” , um tipo de música e dança de origem nordestina.
Obra do nosso prefeito Eduardo Paes vira estacionamento na Penha!
Local da foto: Em frente ao Shopping da Penha!
História da Ilha Grande A COLÔNIA E OS ESCRAVOS
O INÍCIO da COLONIZAÇÃO
Os primeiros registros sobre as tentativas de colonização da Ilha Grande datam de 1591 e foram feitos pelo marinheiro Inglês Antony Knivet, tripulante de uma armada corsária. Diz o marinheiro que ao aportar na Ilha Grande, encontrou um núcleo de cinco ou seis casas, habitadas por portugueses-índios que cultivavam mandioca, batata-doce, bananas e criavam porcos e galinhas. Antes de partirem com o objetivo de interceptarem os navios que vinham da bacia do Prata, saquearam e incendiaram a aldeia.
Em 1764, em publicações feitas na Europa , encontramos a sinalização de duas casas: uma na Praia do morcego ( na enseada do Abraão - que pertencia ao pirata espanhol Juan Lourenzo e ainda hoje encontramos velhos canhões de pólvora postados nas encostas próximo à praia ) e outra na Enseada das Estrelas.
Levantamentos cartográficos realizados em 1809, mapearam desde a Ponta de Castelhanos até a ponta da Enseada das Estrelas.
Na Enseada das Palmas foram assinaladas 14 casas que encontravam-se distribuídas na praia Grande das Palmas , na praia dos Mangues (sete casas), na praia Grande do Pouso e uma na praia das Aroeiras. Eram catorze construções e duas destacavam-se apresentando proporções bem maiores do que as outras, localizadas uma na praia Grande das Palmas e outra na praia do Pouso.
Na Enseada do Abraão, assinalava-se 12 casas, sendo que um grupo formava uma grande usina de açúcar localizada próximo da praia hoje denominada “Júlia” ; duas na praia preta, a casa grande da Fazenda do Holandês e a senzala - que foi construída por holandeses discidentes de motins de navios,que se estabeleceram na Ilha; duas outras em frente às Ilhas do Macedo (as duas ilhotas em frente ao caís na vila de Abraão) e uma na praia do Morcego.
Na enseada das Estrelas estava o maior número de casas registradas no levantamento de 1809. Eram 24 prédios entre moradia e engenhos que espalhavam-se desde a praia da Feitceira onde havia uma fazenda de mesmo nome, passando pelas praias de Iguaçú, Camiranga, Grande , de Fora e Perêque onde ainda hoje verifica-se um antigo casarão de fazenda.
Totalizavam-se então, aproximadamente 50 construções naquela época e os registros apontam que os habitantes tratavam-se de proscritos da sociedade.
O início da colonização data-se então entre 1725 e 1764.
AS LAVOURAS E A ESCRAVIDÃO
A primeira lavoura de porte foi a de cana-de-açúcar.
No século XIX houve na Ilha Grande nove engenhos produzindo álcool e açúcar que situaram-se na enseada das Estrelas, Freguesia de Sant’ Ana - que era um centro de desenvolvimento da Ilha, Matariz, Sítio Forte, praia da Longa, praia de Dois Rios, enseada das Palmas e Abraão.
Além do plantio da cana-de-açúcar, plantou-se o café. Dentre os municípios de Angra dos Reis, somente Mambucaba e a Ilha Grande dedicaram-se à cultura do café; os outros preferiram continuar com a lavoura da cana que chegou a ser exportada para a Europa.
Historiadores que visitaram a Ilha na época destacam a fazenda de Dois Rios como uma bela e bem estruturada fazenda, citando que duzentos escravos trabalhavam na lavoura do café. Era notável a boa qualidade da construção dos ‘’baracoons” , senzalas. Embora não houvesse cais para a atracação de embarcações, a localização da fazenda apresentava todas as condições naturais para proceder à desembarques, sem que houvesse necessidade da construção de cais.
Nos séculos XVIII e XIX, os lavradores desmataram grande área para o cultivo da cana de açúcar e posteriormente para a cultura do café.
Na segunda metade do século XIX, o declínio do café e o fim do tráfico de escravos geraram a decadência econômica da região.
Sócias em Libra pagaram multa de R$ 1 bilhão...
Fonte Folha De São Paulo.
Donas de 40% do consórcio que vai explorar o maior campo de petróleo já descoberto no Brasil, duas parceiras da Petrobras pagaram multas de quase R$ 1 bilhão (US$ 446,3 milhões) ao governo norte-americano por envolvimento em casos de corrupção internacional.
A francesa Total, que continua sob investigação em Paris, e a anglo-holandesa Shell participaram de esquemas de pagamentos de propinas milionárias para lucrar com a exploração de petróleo no Irã e na Nigéria, respectivamente, de acordo com os EUA.
As duas participam com 20% cada do superconsórcio liderado pela Petrobras que vai explorar o campo de pré-sal de Libra, em Santos (SP).
A lei dos EUA prevê punição para empresas americanas ou estrangeiras com ações na Bolsa de lá envolvidas em esquemas de corrupção, mesmo que fora do país. Permite, inclusive, acordos com pagamento de multa para encerrar investigações.
Em maio deste ano, a Total fechou acordo com os EUA para pagar R$ 868 milhões (US$ 398,2 milhões) e se livrar de processos em âmbito administrativo e criminal.
Alvo da SEC (Securities and Exchange Commission, a comissão de valores mobiliários americana) e do Departamento de Justiça dos EUA, a Total foi acusada de pagar propina de R$ 130,8 milhões (US$ 60 milhões) a autoridades do Irã.
Segundo a investigação, um representante do governo iraniano indicou uma empresa intermediária que receberia os pagamentos para que a parceria com a petroleira estatal fosse firmada, em 1995.
A Total forjou então contratos fictícios de consultoria para maquiar a propina em seus registros contábeis, de acordo com a SEC.
O governo americano calculou em mais de R$ 333,54 milhões (US$ 153 milhões) o lucro da Total com o esquema, valor que foi cobrado como multa pela SEC.
A Total ainda aceitou pagar mais R$ 534,5 milhões (US$ 245,2 milhões) para que não fosse processada criminalmente pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Também acusada de corrupção internacional, a Shell e duas de suas subsidiárias pagaram em 2010 aos EUA cerca de R$ 104,8 milhões em multas (US$ 48,1 milhões).
Em parceria com a petroleira estatal da Nigéria, a Shell atuou no projeto Bonga, de extração de petróleo em águas profundas.
Segundo a SEC, a Shell fez "pagamentos suspeitos" a despachantes, de cerca de R$ 7,63 milhões (US$ 3,5 milhões), para ter "tratamento preferencial" na alfândega nigeriana, entre 2002 e 2005.
Pelos cálculos do governo americano, a Shell lucrou R$ 30,52 milhões (US$ 14 milhões) com o esquema.
Além das duas, a petroleira chinesa CNPC (que tem 10% do consórcio) é alvo de suspeitas de corrupção na China, como revelou a Folha em setembro. Quatro altos executivos da CNPC foram enquadrados por "grave suspeita de violações de disciplina", termo usado pelo Partido Comunista para corrupção.
OUTRO LADO
A francesa Total afirmou que o acordo "colocou um fim" na investigação dos Estados Unidos iniciada em 2003 e que os valores já estavam reservados em seu balanço e foram pagos integralmente.
A empresa disse que o acordo com o Departamento de Justiça americano, para arquivar a investigação criminal, prevê, além do pagamento, uma série de medidas para a adoção de controles internos mais rígidos.
Sobre a investigação ainda em curso na França, a Total ressaltou que a legislação do país é diferente da americana e que contesta a procuradoria de Paris. Disse, ainda, que os crimes são tipificados de maneira diferente nos países, com penas diferentes.
Na França, ressaltou a Total, não é permitido acordos nos moldes do feito com os EUA. "O grupo espera continuar seu trabalho e demonstrar o seu forte compromisso para assegurar o cumprimento ético e legal das leis em todo o mundo."
A Shell esclareceu que colaborou com autoridades americanas e que já quitou o valor fixado no acordo. A empresa informou ainda que o caso de suspeita de corrupção na Nigéria está encerrado desde 2010 e que ela está devidamente credenciada como operadora do consórcio para explorar Libra.
Segundo a anglo-holandesa, foram identificadas irregularidades envolvendo a empresa de logística de equipamentos contratada na Nigéria. Funcionários da Shell que sabiam ou deveriam saber das ilegalidades apontadas pelos EUA passaram por ações disciplinares ou foram afastados da companhia.
"A Shell prestou total cooperação ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos e à SEC na investigação desse caso. A companhia incrementou seus programas internos de ética e controle para reforçar e garantir que seus funcionários e contratados observem e cumpram estritamente os princípios de negócios da Shell e a legislação dos países onde atuam."
A Petrobras, que foi questionada pela reportagem se a parceria com empresas envolvidas em corrupção internacional estava de acordo com seus padrões éticos, não respondeu. A Agência Nacional de Petróleo também não respondeu se faz checagem prévia dos participantes do leilão de Libra.
Grito da Liberdade 31/10
GRITO DA LIBERDADE
Dia 31/10 a partir das 15h em frente ao Fórum
Somos as ruas do Rio e sua capacidade infinita de resistir em nossas lutas e festas. Somos as máscaras e os escudos criminalizados, e que nos protegem da repressão do Estado nas ruas. Somos a luta da passagem e da exigência firme e coletiva por um transporte realmente público e de qualidade. Somos a vida sem catraca abrindo passagem. Somos a nova educação das ruas, aprendendo a lição que os professores compartilharam conosco mesmo diante de tanta truculência.
Somos a afirmação da dignidade indígena na brava resistência da Aldeia Maracanã. Somos o espírito transformador da juventude em cada ocupação que nasceu na cidade. Somos a batida dos morros e das favelas em cada Baile Funk proibido, em cada remoção forçada, em cada um dos tantos Amarildos desaparecidos, em cada assassinato que cobre de dor comunidades e famílias. Tais fatos nos cobrem de vergonha por acontecerem na promessa de uma pacificação que se dá na violência da presença policial armada.
Somos todos a indignação frente aos gastos abusivos da Copa, das Olimpíadas, dos mega eventos e cada nova denúncia dos desmandos do poder econômico que, mercantilizando todas as relações públicas da cidade, eleva a níveis insuportáveis a especulação imobiliária, o endividamento das famílias e o custo de vida no Rio.
Somos a rede social trazendo a contra-narrativa, já que a mídia comprada pelo poder atua como polícia para esvaziar as ruas e silenciar o clamor popular. Somos a garantia de que esta mentira que tenta desde junho criminalizar os protestos não poderá calar o Rio, transformando em culpados as vítimas da verdadeira violência cometida pelo Estado na sua total incapacidade de diálogo com a sociedade.
A greve histórica da educação trouxe de volta às ruas uma multidão que os poderes acreditaram haver vencido e silenciado com seu gás lacrimogêneo e balas de borracha. Mas o ressurgimento tenebroso de prisões políticas em massa, através de uma lei "anti-terrorismo" (http://migre.me/gnIue), reforça a existência de uma ideia de polícia incompatível com a vida democrática no Rio de Janeiro.
Diante do aumento inaceitável da repressão, dos seguidos gestos de ilegalidade cometidos pelo Estado e das ameaças reais que a violência da policia representa ao conjunto da cidadania, decidimos ir às ruas todos juntos pelo GRITO DA LIBERDADE.
Quinta Feira 31 de Outubro de 2013.
Confirme presença: aqui
Vídeo mostra Revolta popular atacando Coronel da polícia ontem em São Paulo.
A PM em todo o Brasil declararam, guerra contra os manifestantes...não sei com ordem de quem mais o fato é quem manda bater geralmente não esta nas ruas pra apanhar...e quem sofre são esses...coronel apanhou muito....fato normal se fosse ao contrario como sempre vemos, mas quando é a PM que apanha se torna uma coisa monstruosa...vai entender....
Instituto Royal acaba de ser interditado!!!!!!!!!!!!!!!!!
É só o começo!!!! Chega de tortura! Chega de crimes sem punição!
ROYAL INTERDITADO! HOJE, AGORA. 19h08
A PM agora é cachorrinha da GLOBO! (Protesto nesse momento na porta da GLOBO)
Que bom saber que ao menos alguns estão seguros no Rio de Janeiro.
Enquanto você é assaltado e sofre com a ameaça constante da violência, a Rede Globo possui toda segurança para poder funcionar sem ser importunada por alguns "vândalos".
As duas faces da mesma moeda!
Nesse local existia um ponto de ônibus coberto que servia de abrigo nos dias de Sol e de chuva para os moradores do Morro da Cotia e do Morro da Cachoeira Grande. Esse ponto de ônibus foi destruído por um blindado da marinha no dia 06/10/2013 no dia da tal "pacificação" e até hoje não foi erguido nem uma tenda para abrigar os moradores enquanto esperam o ônibus.
Eu não vi na imprensa (GLOBO) nenhum comentarista fazer cálculos de quanto custava esse ponto de ônibus...Eu não vi o comentarista de segurança chamando quem destruiu o ponto de ônibus de vândalo...E muito menos eu vi no dia seguinte o ponto de ônibus ser reconstruído como foram todos os pontos destruídos nos dias de manifestações.
Essa atitude da GLOBO, e de todos os veículos de comunicação deixa muito claro (ao menos pra mim) quanto eles são coniventes com o Governo do Estado do Rio de Janeiro.
História da Ilha Grande Pirataria e Tráfico de escravos
PIRATARIA
A Ilha Grande teve um importante papel histórico, de destaque internacional, registrando episódios de pirataria , tráfico de escravos e contrabando de mercadorias ocorridos entre os séculos XVI e XIX.
Com a descoberta do ouro e da prata no Peru, no fim do século XVI , a bacia do Prata tornou-se o local de onde as riquezas vindas do Peru eram carregadas pela frota espanhola. Entre a Europa e a bacia do Prata os locais mais convenientes ( ao sul ) para o reabastecimento de água e lenha eram as ilhas de Santa Catarina, São Sebastião e Ilha Grande.
No mesmo período, ocorreu o fim da “Invencível Armada” , quando Portugal ficou sob o domínio espanhol que incorporou a maior parte da armada lusitana . Portugal, desfalcado de sua Marinha, ficou a costa brasileira despoliciada. Desse fato resultou a intensificação do contrabando do Pau-brasil e depois, de muitos outros tipos de contrabando.
Piratas e aventureiros de várias nacionalidades navegavam pela costa brasileira e assaltavam as naus espanholas carregadas de riquezas. Diversos pontos da costa brasileira serviam de refúgio, abrigo e porto de abastecimento. A Ilha Grande , ao sul , destaca-se. Nela os contrabandistas e Piratas encontravam o abrigo mais seguro, além da tranqüilidade para obter o repouso necessário. Havia fartura de água potável e madeira e dificilmente eram molestados pelos portugueses.
Com as descobertas das minas brasileiras , que exigiam cada vez mais mão de obra , a Ilha foi base do contrabando de escravos, principalmente no século XIX, quando foi proibido o tráfico negreiro, pois as lavouras do café usavam o trabalhador africano que era proibido de entrar regularmente no país. O caminho novo para as Minas Gerais e os caminhos para as Províncias do Rio de Janeiro e São Paulo, eram percorridos por escravos contrabandeados na Ilha Grande.
A história registra um grande número de corsários ingleses que surgiram em nossa costa, ora traficando escravos e contrabandeando pau-brasil , ora abordando navios e saqueando cidades . No Sul, seus lugares preferidos para a espreita eram as ilhas: da Marambaia, dos Porcos , Grande , São Sebastião, Santa Catarina, onde passavam as frotas espanholas e lusitanas que iam e vinham do Prata carregando riquezas, durante os anos de 1585 a 1605.
Os holandeses também marcaram presença na Ilha Grande, no início do século XVII. Registraram-se alguns conflitos entre holandeses e mestiços índios-portugueses que habitavam a Ilha. Os holandeses deixaram herança genética na ilha, o que pode ser observada pela presença de nativos com alguns traços índios, olhos azuis e cabelos loiros. Com a invasão holandesa no norte do Brasil, a freqüência daqueles navios tornou-se rara na baía da Ilha Grande.
Depois dos holandeses que tiveram passagem curta pela Ilha Grande, vieram os franceses, no início do século XVIII e por 17 anos (1701 - 1718) . Um dos pontos de interesse dos corsários franceses pela Ilha Grande, residia no fato da ilha ser vizinha à Paraty, porto marítimo de escoamento do ouro extraído das minas gerais; a inexistência de fortificações e de tropas; abundância de lenha e água, além do que, preferiam a Ilha Grande para se refrescarem, pois a geografia dela apresentava, ante qualquer surpresa,uma melhor possibilidade de fuga. Existem registros de que vários navios carregados de mercadoria de origem francesa, principalmente de tecidos, descarregaram na Ilha Grande, precisamente nas enseadas das Palmas, Abraão e Sítio Forte.
Mesmo com a extinção da pirataria francesa em função de tratados de política internacional, os franceses continuaram navegando a costa legalmente, transportando colônias de franceses destinados a ilhas francesas no extremo sul da America-Latina. As razões pelas quais eles continuaram a preferir as águas da baía da Ilha Grande explica-se: na época, os navios de carga não pagavam os carregamentos de água e lenha, mas se esses eram feitos no porto do Rio de Janeiro havia sempre despesas e intermediários para o transporte até o navio. Atracar na Ilha Grande e dela tirar o que quisessem era bem mais fácil.
Em 1827 aconteceram três ataques de corsários argentinos na Ilha Grande, autorizados pelo governo argentino. Um contra a fazenda de Dois Rios, outro ocorreu na ponta de Castelhanos e o último deu-se na enseada das Palmas. Os três ataques foram rebatidos pelos fazendeiros e forças militares postadas na Ilha. Batalhas foram travadas. No último ataque, os argentinos perderam um navio que foi incendiado pelas forças brasileiras.
TRÁFICO de ESCRAVOS
Foi entre 1510 e 1540 que se iniciou o tráfico de negros africanos para o Brasil . O contrabando de escravos foi feito pelos corsários e piratas ingleses, holandeses e franceses na costa da baía da Ilha Grande. A estadia dos traficantes era de pouca duração. Procedido o desembarque, os escravos eram conduzidos, clandestinamente, para as imediações de Paraty. No século XVIII, eram rotineiros os desembarques nas enseadas das Palmas e do Abrãao, locais que eram habitados por gente pobre que vivia em palhoças e onde existiam também fazendas que exploravam a mão de obra negra.
Registros apontam que em 1837, um total de 524 negros foram desembarcados na praia de Dois Rios, onde havia uma grande fazenda. Por fonte histórica não identificada temos conhecimento de que em frente à fazenda foram incendiados dois navios e que sua carga de escravos ficou escondida na toca das cinzas, por vários dias.
Na primeira metade do século XIX, os portugueses começaram a ser pressionados pelos ingleses a proibirem e combaterem o tráfico de escravos. Os ingleses tinham grande interesse na industrialização, que surgiu com a invenção da máquina a vapor, por James Watt. Com isso, foi intensificada a fiscalização na costa, que não funcionava na prática, pois as autoridades portuguesas tinham interresse econômico no tráfico. Foi quando em 1850, Portugual decidiu cooperar com os Ingleses e tornou realmente eficaz o patrulhamento feito nas enseadas de Lopes Mendes, Palmas, Abrãao e Estrelas, tendo nesta última, a Marinha mantido um posto avançado.
Deputado Fernando Capez, sobre as mentiras contadas pelo Instituto Royal, por representantes do Governo e as verdades sobre experiências no exterior:
Texto retirado da pagina da Luisa Mell no Facebook. Veja o vídeo do discurso do deputado no final do texto.
1) A falta de licença do Instituto antes de 29/08/2013 para promover pesquisas com animais, realizando-as ilegalmente e com o apoio do Dr. Marcelo Marcos Morales, coordenador do CONSEA (Conselho Nacional de Experimentação Animal).
2) O fato de que o Instituto Royal produziu 2.800 quilos de cadáveres de animais sem licença do governo.
3) A falácia e falta de qualquer prova ou indicio que se realizava ali estudos sérios sobre câncer.
4) A informação de que no Reino Unido, apenas 0,1% dos laboratórios utilizam cães e os outros 99,99% utilizam métodos alternativos.
5) O repasse irregular de R$ 5.249.498,52 do dinheiro público em 2012 para uma entidade que não tinha licença para funcionar.
6) A licença que o Instituto Royal possuía era para canil.
7) O crime federal cometido pelo Instituto em realizar experiências dolorosas ou cruéis, de acordo com a Lei de Crimes Ambientais no Brasil (artigo 32, parágrafo 1), quando existiam métodos alternativos para os mesmos testes.
O crime cometido pelo Instituto, de acordo com a lei 11.794, artigo 14, que diz que o animal somente poderá ser submetido a procedimentos, se receber cuidados antes, durante e depois, de acordo com normas do CONCEA. Se o Instituto não tinha cadastro aprovado no CONSEA, não poderia ser fiscalizado ou saber destes procedimentos.
História da Ilha Grande ÍNDIOS TAMOIOS E IPAUM GUAÇU
Após o descobrimento, em 1502, várias expedições exploradoras e aventureiras foram realizadas no litoral brasileiro. Com isso, significante número de registros históricos foram manuscritos e falando especificamente da Ilha Grande, iniciamos por volta de 1552.
A Ilha Grande fazia parte da nação dos índios Tamoios, que se estendia de Cabo Frio ( litoral norte do RJ ) até as proximidades de Ubatuba ( litoral norte de SP ) , onde fazia fronteira com as terras dos índios Guaianás-Guaranis , que habitavam o sul da América do Sul.
Ilha Grande já era assim chamada pelos índios Tamoios, que na língua Tupi era Ipaum Guaçu. Ipaum significa Ilha e Guaçu significa Grande. Esse registro deve-se ao aventureiro alemão Hans Staden, que assim o registrou nos mapas publicados em sua obra em 1557. Padre Anchieta, o famoso catequista dos índios brasileiros, também registrou a presença dos Tamoios na Ilha. Segundo Anchieta, eles viviam em aldeias com cerca de seis ocas, totalizando aproximadamente 150 habitantes. Eram valentes guerreiros, ótimos flecheiros, caçadores, pescadores de linha e mergulho e viviam de modo distinto dos outros indígenas do continente, além de terem a sua linguagem também diferente.
A vegetação - mata atlântica, semelhante a da Serra do Mar, conservou-se apenas nas montanhas , devido à topografia íngreme dos topos que fez com que , nos séculos que se seguiram, o machado dos navegantes destruísse a flora da periferia, impedindo assim que o homem as destruísse por completo. Registros históricos descrevem as florestas da Ilha Grande como as mais bonitas do início da colonização pois, estas chegavam até a beira do mar. Haviam troncos de árvores de descomunal tamanho. Laranjeiras e limoeiros nasciam e cresciam, por dádiva da natureza. As matas eram muito densas, dificultando a caça e naquela época, eram habitadas , em grande população, por jacarés, lagartos , macacos (ainda existem vários bandos) , ouriços, pacas, jaguatiricas, gambás, ratos e jararacas.
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Te chamam de vândalo, Black Bloc baderneiro, transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro...
Via: Coletivo Projetação
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ETA GERAÇÃO BOA! Avante, garotada!
Fonte Anonymous Rio
Sinto muito, Estado, mas essas pequenas coisas, uma manifestação organizada por estudantes contra um poder autoritário dentro do próprio colégio, mostra que essa geração já tem a luta na alma!
"O Colig esteve presente hoje no protesto organizado pelos estudantes do Colégio Estadual Mendes de Moraes que vem sendo autoritária contra os professores e estudantes que estão na luta por uma educação pública gratuita laica e de qualidade.
Professores estão sofrendo processo por estarem em greve, sendo acusados por abandono. Os estudantes sendo ameaçados de suspensão e que não terão direito a renovação da matrícula.
Não podemos aceitar mais esse ato desse governo Cabral que utiliza de seu autoritarismo e através do diretor Marcos vem reprimindo a luta dos estudantes e professores.
Ai ai ai aiaiaiaiaiai EMPURRA O MARCOS QUE ELE CAI!!!
FORA CABRAL!!! FORA RISOLIA!!! FORA MARCOS!!! "