Vazamento de informações PMERJ – (Prefeito Niterói)

Saudações, legião.
Dentro da série de vazamento de documentos da Assessoria Parlamentar da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, prosseguimos com a divulgação de uma mensagem que nos fornece uma breve amostra da corrupção endêmica em que vivemos.
A questão da corrupção em nosso país é muito mais profunda que esta denúncia, exposta logo abaixo, pode nos fazer pensar.  Não falamos somente de corrupção política, mas, também, da corrupção de servidores, empresários e de cidadãos desonestos.
Tanto de modo direto como indireto, essa corrupção é financiada por todos nós. Diretamente, pois o dinheiro utilizado é público, e, por definição, nosso. Indiretamente, pois, de uma maneira em geral, muitos tem ciência do ocorrido, mas não tomam nenhuma atitude para combatê-la ou até mesmo criticá-la. Isso quando não procuram motivos inexistentes para criticar os que se organizam e lutam para um país verdadeiramente livre e um governo sem corrupção.
Agindo de tal maneira, os corruptos e corruptores continuam atuando livremente, prejudicando, cada vez mais, os recursos que seriam destinados ao financiamento de um serviço público básico que não temos. De certo modo, quem se omite ou critica gratuitamente é conivente, e, por consequência, igualmente culpado.
A mensagem exposta abaixo foi enviada de uma conta de email registrada em um servidor em nome do atual prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, para a Assessoria Parlamentar da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Como é corriqueiro nesse tipo de comunicação, ela é escrita quase que em sua totalidade em código, mas, mesmo assim, com um pouco de esforço, conseguimos identificar seu teor.
A mensagem trata, supostamente, de esquemas de compra de pesquisas eleitorais, ao citar que a “quali deu que podemos perder, na quanti ta controlada com Mblack”. Em seguida, menciona “incentivo ao indeciso” que, supostamente, nos faz acreditar ser uma operação de pagamento de propinas para compra de votos e/ou apoio de lideranças de outros partidos. A utilização da palavra “água” se coloca, supostamente, como um código para dinheiro, assim como “carro pipa” e demais relacionados.
de: Rodrigo Neves
para: aparpmerj@gmail.com
data: 26 de outubro de 2012 02:41
assunto: O Sena tá de sacanagem!!!
companheiro.
Situação complicada em aqui em N, a quali deu que podemos perder, na quanti ta controlado com Mblack, mas ta uma merda. E você já leu que esquentou aqui, né?
Temos de começar a operação “incentivo ao indeciso”, mas tem que falar com o Dinho para resolver a água. Ele tem isso fácil em NY.
O Dinho falou que ta com medo do contato com as lideranças, porque no primeiro turno tivemos muito desperdício de água, realmente tinha muito gato na linha, mas agora tá comigo. Preciso que mande alguns recados:
1 Fala com o Dinho que eu já to puto, ele ainda não mandou a água porque disse que tá com medo e não confia no carro pipa. PORRA ta de palhaçada, não fode. Vou acabar ligando pra ele direto, ele ta me enrolando com aquele merda do Fausto. Se não mandarem vai dar merda. As lideranças só se dedicam se matarem a sede. Entre 50 e 100 ml cada confirma. Com 300 a 400 litros eu resolvo os 2% que precisamos pra garantir.
2 Manda alguém falar pro G calar a boca, o dele ta certo porra! E ele tá atrapalhando. Ai no comitê ele não existe, mas aqui, o garoto escuta o idiota. E o G ta com muita sede.
3 Liga pro Mblack e fala que acerto, só por SP. E ai é contigo.
Click aqui e vejam o print do e-mail:

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